Amor e ódio: fã do Goiás, Hélio dos Anjos admite aversão ao - TopicsExpress



          

Amor e ódio: fã do Goiás, Hélio dos Anjos admite aversão ao Flamengo Com história nos dois times, rivais na Copa do Brasil, técnico revela torcida pelo Alviverde e recorda polêmica com Rubro-Negro: Não tenho simpatia Em condições normais, já torço para o Goiás sempre. Contra o Flamengo, torço mais ainda. A frase é enfática e deixa explícito o sentimento quando o assunto envolve Goiás e Flamengo, clubes que, para o bem ou para o mal, estão marcados na vida de Hélio dos Anjos. Em ambos, o mineiro de 55 anos, nascido em Janaúba, viveu glórias. Com o decorrrer do tempo, porém, o carinho e a identificação passaram a repousar apenas junto ao time goiano. Em 1990, Goiás e Flamengo decidiram a Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, às 21h50m, no Serra Dourada, iniciam novo duelo pelo torneio, desta vez na fase semifinal. Mesmo longe de Goiânia - atualmente reside com a filha em Florianópolis, onde pretende ficar até o fim do ano -, Hélio faz questão de declarar torcida pelo Esmeraldino, o qual considera mais equilibrado para lutar pelo título. E deixa claro também o pouco apreço pelo Rubro-Negro. - Não tenho grande simpatia pelo Flamengo e acho que o Goiás tem tudo para passar. Não seria surpresa se chegasse à final. É um clube muito mais estabilizado. Reflexo das coisas positivas feitas nos últimos dois anos e mérito do trabalho da comissão técnica e dos jogadores, além da mão forte do Seu Hailé (Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo). Se por um lado Hélio dos Anjos é apontado como o técnico mais vitorioso nos 70 anos de história do Esmeraldino, por outro viveu no Rubro-Negro momentos marcantes quando atleta, no que acabou sendo uma curta carreira como goleiro. Entre 1978 e 1980, fez parte do elenco que se tornaria um dos mais festejados do clube carioca. Esteve no embrião do time que conquistaria o mundo em 1981 com os títulos da Libertadores e do Mundial, bem como teve relação estreita com Raul Plassmann e Cantarele, atualmente auxiliar de Jayme de Oliveira. Pelo Fla, foi campeão brasileiro em 1980 e faturou por três vezes o Campeonato Carioca (1978, 1979 - especial- e 1979), além de outros títulos de menor expressão. Tudo isso, no entanto, não bastou para que Hélio ficasse encantado pelo clube. - Participei de um dos elencos mais vencedores do clube, mas, das boas lembranças, a que mais me agrada é ter sido terceiro goleiro quando o time tinha nomes como Raul e Cantarele. Apesar dos amigos, pode ter certeza que torço e tenho mais identificação com o Goiás. Polêmica O choque da relação de amor e ódio entre técnico e clube chegou ao ápice em 2009. Na ocasião, Hélio dos Anjos expôs sua revolta contra goianos que torcem pelo Flamengo e, poucos dias antes de um jogo pelo Brasileirão, os chamou de inimigos, bem como afirmou ter vergonha de ver pessoas em Goiás torcendo por agremiação do Rio. A atitude gerou r esposta de Delair Dumbrosck , presidente rubro-negro à época do episódio. Tenho ódio desses flamenguistas do interior de Goiás. Eles são uma vergonha, não têm identidade nem caráter para honrar a própria terra. Que fiquem em casa, pois serão todos inimigos para mim — Hélio dos Anjos, em 2009 Passados quatro anos, Hélio mantém a postura e admite certa antipatia por torcedores de grandes clubes do eixo Rio-São Paulo, mas diz ter sido mal-interpretado na ocasião. - Fui muito criticado na época. Soou agressivo porque foi no calor de um jogo. Vieram me dizer que as pessoas têm o direiro de torcer para quem quiser. Sempre respeitei isso. Só não aceito que sejam maioria no nosso estádio. Não pode ser maior que a torcida do Goiás. O Flamengo não pode se sentir em casa jogando em pleno Serra Dourada. Em 2009, técnico esbravejou contra rubro-negros: Inimigos para mim (Foto: Ricardo Rafael/O Popular) Para coibir a presença em massa da torcida flamenguista e de outros clubes no Serra, Hélio aprova medidas que limitam a carga de ingressos ao time adversário. Nesta quarta, disposição do estádio será de 83% para esmeraldinos e 17% para rubro-negros. O treinador parabeniza a diretoria do Goiás, mas afirma que gostaria de ver uma divisão ainda mais radical. - Acho legal essa atitude, mas acho que o Goiás não podia dar nem 10% da carga de bilhetes. É aquela coisa. Entre chorar a mãe da minha torcida ou a mãe do adversário, é claro que prefiro a dor do adversário. No jogo da volta, pode ter certeza que o Goiás vai sofrer no Maracanã. Memória e Goiás forte em duas frentes Justamente diante do Flamengo o Goiás viu escapar por entre os dedos a chance de conquistar um campeonato nacional. Em 1990, perdeu o título para o clube da Gávea após derrota por 1 a 0 no Rio e empate sem gols no Serra Dourada, em Goiânia. Não tenho grande simpatia pelo Flamengo e acho que o Goiás tem tudo para passar. Não seria surpresa se chegasse à final. É um clube muito mais estabilizado — Hélio dos Anjos Em 2013, o Alviverde volta a se aproximar da grande final, mas não abre mão de lutar também em outra frente e sonhar com uma vaga na no G-4 da Série A para retornar à Libertadores. Ainda que com o olhar distante de quem observa de longe, Hélio dos Anjos vê como acertada a opção esmeraldina de não priorizar nenhuma das duas competições. Atualmente sem clube e com planos para voltar a treinar somente em 2014, Hélio acredita que a boa campanha no Brasileiro pode contribuir para que o time goiano chegue forte na reta final da Copa do Brasil. - Dá para disputar muito bem as duas competições. O Goiás tem chances em ambas e mostrou isso no fim de semana. Segurou alguns jogadores, pois tem pela frente três jogos decisivos - Flamengo, Botafogo e Flamengo, de novo -, e mesmo assim venceu bem o Náutico. Enderson faz um trabalho maravilhoso e a torcida tem o poder de fazer a diferença.
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 14:45:09 +0000

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