CONHECI A CIDADE NATAL DA MINHA VOVÓ !!!!! -- Um dos objetivos - TopicsExpress



          

CONHECI A CIDADE NATAL DA MINHA VOVÓ !!!!! -- Um dos objetivos desta minha viagem ao Leste Europeu foi alcançado ontem (sim, aqui já é sábado na Ucrânia): conheci a cidade onde nasceu a querida mãe de meu pai, Edison, a minha avó, Sarah!!!!! Ela nasceu em Novoselytsya (fala-se e escreve-se esse nome de "n" formas, de acordo com o idioma; pelo que ouvi o pessoal fala "Novséleds"), que fica no Oblast (região administrativa equivalente a Estado) de Chernivtsi. Lá também nasceu minha querida tia, Anna Schapochnik Rosenberg. Mas quando elas duas nasceram, o município pertencia a um outro país: Bessarábia -- que depois veio a mudar de nome para República Moldova. Durante a Segunda Guerra Mundial, os soviéticos tomaram Novoselytsya, entre outras cidades da região, para a Ucrânia. Então, minha avó nasceu bessarabiana e morreu ucraniana. A viagem desde Chernivtsi leva cerca de 40 minutos e é feita em micro-ônibus. Custa 10 grivnas a passagem (pouco menos de um euro). Dois ucranianos que falavam português, pois já tinham trabalhado em Portugal, me ajudaram a pegar o ônibus que levava ao terminal desses micros para Novoselytsya. Graças a Deus! Em Novoselytsya, cidade com 10 mil habitantes, tentei duas iniciativas que não vingaram: conhecer o cemitério judaico e a possível casa onde viveu minha avó e tia. O cemitério até achei graças ao ferroviário Alexei, que, em russo e usando o Google Tradutor, me explicou direitinho onde ficava. Fui até lá, mas estava fechado! Os caseiros estavam fora e só havia cachorros, bravos, latindo. Já a rua e a casa onde viveram a vovó e a tia não achei. Falei com umas pessoas até que, na época da Bessarábia, era outro nome e tal. Ninguém soube me explicar. Meus tios Anna e Maxs, que visitaram Novoselytsya há uns 20 ou mais anos, tiveram a sorte de encontrar a casa. E tiveram a sorte de encontrar gente que conhecia a nossa família. Ela falava em iídiche com um senhor idoso naquela época, também judeu, que os levou à casa e ao cemitério. Possivelmente essa pessoa já morreu. Parece que ainda vivem judeus na cidade, mas não os encontrei. Mas, mesmo assim, considero cumprido meu objetivo. Graças a Deus conheci a cidade da minha querida vovó, Sarah. Tenho certeza que, onde ela estiver, ela ficou muito feliz e e contente com a minha viagem. Ainda que meu pai e minhas tias, Anna e Esther, sempre falam e contam histórias da vovó, queria demais ter tido idade para conversar com ela, saber da vida aqui na Europa, como consegui com meu avô, Jaime, marido dela. Quando ela morreu eu era muito criança e, sinceramente, não me lembro dela. Pena. Pena demais. A vovó Sarah foi uma guerreira e uma mãe e avó maravilhosas. Falava cinco idiomas! Iídiche, alemão, romeno, russo e português. Saudades!
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 23:22:04 +0000

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