Capítulo 2 (8° Mês Parte 6) Vanessa falava a sério, e - TopicsExpress



          

Capítulo 2 (8° Mês Parte 6) Vanessa falava a sério, e Sorocaba fica todo desconcertado, sem saber o que fazer, ele não esperava por isso. - Olha, é muito bom ter sua companhia, mais acho que não deixei nenhum vestígio de que poderia acontecer isso entre a gente, de verdade. - Porque não? Você está sozinha eu suponho, eu também, gosto da sua companhia e também te agrado pelo visto, qual o problema de ficar comigo? Tem a ver com o Luan? Olha ele não vai saber de nada e eu não me importo. Vanessa parecia não acreditar no que ouvia. - Não! Não tem a ver com o.....- Ela pára mais continua. - é que eu penso diferente de algumas pessoas. Como o ficar por exemplo. Entra que eu te explico. Sorocaba começava a achar que ela era maluca, ele tenta beijá-la e ela ainda pede pra ele entrar? – Ela não existe. - Senta. - Ele senta numa cadeira acolchoada que ficava próximo a porta, Vanessa fecha a porta e continua falando. - Bom é o seguinte, eu não sou contra, e não tenho nenhuma objeção a quem fica, se diverte, beija outras pessoas, acho que sou um tanto antiquada demais. – Sorocaba ouvia em silêncio. – Afinal, estamos no séc. XXI e é natural que isso aconteça. Mais não pra mim. - Quer falar alguma coisa? - Não pode continuar, estou ouvindo. - Bom, eu vejo hoje pessoas “coisificadas”, e eu não sou assim, aqui dentro. – ela aponta pro seu coração. - tem sentimentos, eu sou uma pessoa, e não uma “coisa”, e eu não me vejo beijando alguém por quem não sinto nada, isso é muito clichê pra minha idade, eu sei, mais é o que penso. Qual o respeito que eu teria por mim, por meus sentimentos, beijando hoje um aqui, outro ali, e eu? Como fico? Aqui dentro pulsa, sente, ama. E não é um brinquedo programável pra beijar, curtir e ir embora como se nada tivesse acontecido. Antes de tudo eu respeito minha pessoa, meus sentimentos. Bom é isso. Sorocaba estava atônito, sem reação. - Eu não sei nem o que dizer, só que estou morrendo LITERALMENTE de vergonha do que fiz. - Relaxa, isso só mostra que nem todo mundo é igual. - Sim, eu acabo de perceber isso, e estou morrendo de vergonha. Me desculpe. - É, eu acho que nem todo mundo é igual as dançarinas do Faustão né verdade? - Meu Deus! Você sabe dessa história? - A um tempo alguém me contou dessa sua fama de “pegar” todas. - Ai, posso me esconder embaixo dessa cama e não sair nunca mais? - Não, não pode. A gente encara a realidade de frente tá? KKK’. - E você é maluca sabia? Como um cara tenta te beijar, e você ainda o convida pra entrar no seu quarto? E parece nem ligar? - Com o tempo você aprende a ponderar suas reações e a lidar com situações como essa, pior seria se eu te mandasse pra fora, e não explicace nada. Todo mundo merece uma chance. – Vanessa falava pensativa, como se repetisse aquilo pra ela mesma. - Depois disso, vou tentar deixar de ser mais objeto sabe? - Rá, você? Sei...não quero que siga minha ideologia, isso é um ponto de vista meu como disse. - Mais pensando bem parece o certo a pôr em prática. Mais me bateu uma dúvida aqui. - Sim? - Você com esse discurso todo, como ficou com o Luan? Sorocaba era espontâneo demais com suas perguntas, e sempre pegava Vanessa de surpresa. - Porque desde o momento que eu vi ele, eu senti algo fora do comum, que me tomou completamente por dentro, surreal e sem explicação e se estivesse acabado tudo ali, quando ele me deixou em Recife e voltou pra sua vida, eu estaria mais feliz do que estou hoje. Cada momento foi único, maravilhoso, marcante até o final. - Você ainda o ama não é verdade? - Acho que mais do que minha própria vida, que minha mãe não saiba disso. Certo? E você insiste em falar nele não é? Depois quem sofre sou eu. Não sou tão forte assim. - Sabe, posso te contar uma coisa? - Sim? Eu vi o quanto o Luan sofreu no começo, eu estava lá, afinal trabalhamos juntos, e quando você me contou sua versão eu não acreditei por completo. - Eu sabia disso! - Mais agora conversando com você, percebi quem você é e que seria incapaz de fazer o que todos acham. - Obrigada, só peço que não fale com tanta frequência no... - Luan? - Sim, eu confesso que não estou totalmente curada das lembranças e que não vou ficar tão pouco. Ainda tem muita onda pra quebrar nesse mar. Vanessa suspira e olha o relógio, já eram quase 23h e já passara o horário de tomar seus remédios, não se constrangeu em fazer isso na frente de Sorocaba. Ela levanta e vai até a cômoda, pega o medicamento que servia pra dormir. - O que são isso? - Remédios, vários aliás, pra dormir, anti-depressivo, calmantes. - Nossa, eu sinto muito. - As vezes a vida da gente toma rumos inimagináveis, já estou me acostumando. - Sabe na Faculdade paguei uma cadeira interessante de Psicologia, e amanhã vou aplicar na prática com você. - Comigo? Rá, não preciso de um psicólogo obrigada. - Vai me agradecer um dia. Boa noite. - Boa noite, senhor objeto. Ah mais uma coisa! - Sim? - Sabe, não queria dizer isso, mais, você é o melhor chato do mundo, gosto de você! - Você não devia ter dito isso, não vou conseguir dormir! KKKK’ - Ah tá! Boa noite. Vanessa por incrível que pareça não ficou chateada com ele, ao contrário, riu demais lembrando da cara de “graça” que Sorocaba ficou quando pensou que ela ia beijá-lo. – Ele é um bom sujeito. Nossa eu deveria estar chateada nesse momento, afinal ele ia se aproveiatar da situação, mais se enganou. KKK’. Bom Vanessa, vamos dormir, porque amanhã o dia promete. O que aquele maluco vai aprontar? CONTINUA...
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 13:53:51 +0000

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