Carla Monteiro Barbara Machado Fui lá e lí, todos os - TopicsExpress



          

Carla Monteiro Barbara Machado Fui lá e lí, todos os comentário. veja o deste rapaz após o protesto do dia 20/06/13: Após o "protesto" que ocorreu hoje, dia 20/06/13 no Recife, segui com alguns amigos ao posto BR no final da Av. Boa Vista, pra comer e dar uma descansada. Depois de um tempo, por volta das 22h vimos uns carros da policia seguindo em direção a Agamenon e decidimos ir dar uma olhada. Chegamos lá não vimos muitos policiais, e, nem uma centena de protestantes "fechando" a Agamenon. Eles estavam parando os carros e falando com eles. Não sei o quê, pois não me aproximei, mas depois os carros seguiam. Inclusive vi um ou outro que desceu do carro, falou com o pessoal, apertou a mão e depois seguiu na paz. Fiquei na ponte entre os dois sentidos da Agamenon, vendo o pessoal correr de um lado pro outro repetindo essa ação. Após alguns minutos, cerca de 6 ou 7 carros da policia (RP - Radiopatrulha) chegaram. Neste momento, os protestantes estavam todos concentrados do lado direito da pista, sentido Boa Viagem. E esses carros que chegaram primeiro vieram da Boa Vista, lado oposto. Um comandante desceu e passou pela gente dizendo "Quem for de bem, sai da rua". Algumas meninas que estavam conosco já tinham se retirado pra o lado contrário aos manifestantes quando viram os carros no outro lado da rua. Permaneci com alguns amigos no mesmo lugar, a fim de acompanhar o que se passaria e a ação da polícia no caso. Inocentemente, imaginei que a polícia ia chegar primeiramente para argumentar com os manifestantes de modo que estes desobstruissem a via. Infelizmente, para a minha surpresa o que aconteceu a seguir foi um dos maiores absurdos que já presenciei pessoalmente na vida (Além dos absurdos cotidianos que eu já vejo). Eu tava de bicicleta, e os policiais começaram a passar por mim até que, enquanto olhava pra frente, um policial deu uma cacetada na minha bicicleta e me gritou "BORA BORA ANDA". Surpreso, apenas respondi: "Calma, cara! Eu tô na calçada, não estou fazendo nada demais." No entanto, obtive empurrões através da bicicleta e de novo a ordem pra sair. Então, de modo que pudesse evitar mais agressões que não me levariam a nada, disse que sairia, porém precisava ir na direção contraria onde estavam meus amigos, justamente direção contraria de onde estavam os manifestantes e a polícia. Entretanto, apenas recebi mais empurrões, perdi a sandália e fui ameaçado sem sequer ter falado mais nada. Parei apenas do outro lado da pista, já na praça do Derby. Lá pude presenciar mais absurdos, como pessoas sendo derrubadas ao chão por nada. Fotógrafos perdendo suas câmeras através de violência, e outros os celulares, da mesma forma. Encontrei dois amigos, demos a volta e conseguimos chegar ao outro lado onde estavam o resto do pessoal. Do outro lado, o que se viu foi uma covardia sem tamanho. Mais policiais chegaram. Dezenas de motos da CIP motos, 2 ônibus, os quais não consegui identificar, e mais alguns carros. Todos de direções diversificadas, cercando os manifestantes. Policiais atirando balas de borracha em todo mundo, bombas de efeito "imoral" sendo lançadas, e gente sendo espancada com cacetadas e pontapés (repito, não tinha nem 100 pessoas). Acuados, os manifestantes apenas gritaram "SEM VIOLÊNCIA", e em alguns minutos todos foram dispersos, correndo, tentando fugir da brutalidade e do abuso de poder exercido pelos que deveriam nos proteger. Após um tempo apenas assistindo a tudo isso, com o sangue fervendo, e a triste sensação de impunidade e impotência, voltei ao local inicial, e vi um grupo de pessoas que estavam argumentando, dessa vez pacificamente (de ambas as partes) com os policiais. Cheguei perto e ouvi mais relatos, que não posso assegurar total veracidade pois não vi, mas que não me surpreende em nada em visto do que aconteceu diante dos meus olhos pouco antes. De início percebi um rapaz com o rosto todo ensanguentado e um dente quebrado. O rapaz em questão apanhou tanto que perdeu a memória. Sequer lembrava quem bateu nele, ou o porquê. Uma moça que estava do meu lado, reportava que após a dispersão, perguntou a um policial que passava se eles não deveriam estar usando identificação na lapela, quando o mesmo respondeu "Identifica a cabeça do meu pau, vadia! Chupa Rola!", disse isso enquanto gesticulava segurando a propria genitália. O namorado da moça, que estava ao seu lado demonstrou uma cara de insatisfação e foi retrucado um "O QUE FOI? VAI FAZER O QUÊ?! Logo depois de ouvir esse relato, um rapaz que se identificou como sargento do exército (ou algo assim) e estava à paisana, perguntou ao comandante que estava no local o porquê de os seus soldados estarem sem identificação. Segue o diálogo: Comandante: Eles devem ter perdido ou esquecido. Sargento: No exército, nós eramos punidos com detenção por tal ato. Comandante: Eles serão punidos, posteriormente. Sargento: Quer dizer que o senhor vai lembrar de todos estes que estão sem identificação? Comandante: E lá no exército vocês eram punidos na hora? Sargento: Sim, éramos. O comandante deu uma gargalhada e disse, "Ah, aqui não é assim não". Um amigo me retratou também que viu uma moça que estava fotografando em meio a confusão e foi atacada com spray de pimenta, em sequência uma rasteira que a levou ao chão, e de lado caiu sua máquina que não sei o modelo, mas não era simples e creio ter custado uma grana. Um outro reportou que um jornalista estava após a confusão vendo suas fotos na máquina quando um policial se aproximou, houve um curto diálogo que não foi ouvido, e o policial tomou a máquina do mesmo e atirou ao chão. Uma menina contava que viu um outro homem derrubando o aparelho celular no chão, ao tentar pegar um policial se aproximou e chutou o celular que foi dividido em partes. Soube de alguns mais que foram hospitalizados, e outros tantos que eu não sei ou não me lembro mais. Saí de lá horrorizado com tudo que vi. E principalmente sem entender. Digo, assim que a policia chegou, foi atacando todos por simplesmente ESTAREM lá. 20 minutos depois, muitos de volta lá, conversando com os policiais. Por que essa atitude não foi tomada inicialmente? Não houve NENHUM motivo pra ação tão violenta ter sido tomada. EU VI! Eu estava lá, e não adianta ninguém dizer o contrário. Infelizmente, a maioria das pessoas simplesmente viram a passeata que houve antes disso, bonita, feliz mas sem um grito maior de protesto. Durante todo o trajeto, eu mal ouvi um motivo claro de reinvidicação. Todos apenas pulavam, festejavam e se alegravam. Eu fico me perguntando qual a % daquelas pessoas realmente sabiam o que queriam. Bem, algumas amigas ficaram preocupadas conosco que não saímos juntamente com elas quando vimos a policia chegando. Mas ué, por quê eu deveria sair? Eu era um cidadão fazendo NADA, e os outros eram cidadãos exercendo seus direitos de protestar. "Ah, mas você sabia que isso poderia acontecer". Pois bem, é justamente por isso que estou protestando. Não é certo temermos a polícia. Não foi certa a forma como eles agiram. E nós não devemos nos calar, não devemos nos conformar. A maioria parecia não saber disso. O protesto não parou o Recife, o governador o fez algumas horas antes. As pessoas foram as ruas e isso foi ótimo, mas nós precisamos de um foco, de um objetivo e de mais pessoas politizadas para protestar. Protesto não é festa, é um ato de revolta de uma população acerca de alguma insatisfação. Eu sei que há muitas razões para estarmos insatisfeitos, mas nós precisamos deixar claro quais são essas razões. Não adianta apenas ir na rua por algo marcado com 2 semanas de antecedência, dando tempo do governo preparar e guiar nosso protesto como ele quer. Não é pra ir cantar, dançar e sorrir. É pra ir gritar, clamar e exigir! há 33 minutos · Curtir
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 09:59:28 +0000

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