Entrar pela porta estreita (Lc 13,22-30) O tema da salvação é - TopicsExpress



          

Entrar pela porta estreita (Lc 13,22-30) O tema da salvação é algo que nos instiga e nos amedronta. A grande pergunta que se faz é o que é a salvação? Ou quantos se salvam? Muitos ou poucos? No Evangelho de Lc 13,22-30 temos a resposta para esse drama da espiritualidade. Jesus desvia a atenção do “quanto” e se fixa no “como” as pessoas se salvam. Essa ação de Jesus não é inoportuna. Na verdade ele quer educar os discípulos a passar do nível da curiosidade (quantidade de salvos) para a sabedoria (de que modo se pode salvar); de questões ociosas que levam o povo à pura emoção a problemas que realmente servem para o Reino. Jesus ensina sobre os requisitos para a salvação. O que Jesus diz acerca do modo de se salvar? Basicamente duas coisas: uma negativa e outra positiva; primeiro o que não serve ou não basta e segundo o que ao invés serve para salvar-se. Não serve para salvar-se o fato de pertencer a um povo, a uma tradição, a uma instituição, mesmo que fosse o povo eleito do Salvador. Não basta o simples fato de ter conhecido Jesus ou pertencer à Igreja. É necessário “algo mais”. É isso o que realmente importa. O que assegura a salvação? Não é nenhum título de posse, é o “algo mais”, ou seja uma DECISÃO PESSOAL. Em nossa existência há apenas 2 caminhos: o da vida e o da morte, porém, com grandes diferenças entre ambos. CAMINHO DA VIDA é o amor a Deus e ao próximo como a ti mesmo, é abençoar quem amaldiçoa, afastar-se dos desejos carnais, perdoar a quem nos ofendeu, viver a sinceridade e o despojamento. Em outras palavras é observar os mandamentos de Deus e as bem-aventuranças. CAMINHO DA MORTE é o contrário de tudo isto, é deixar Deus de lado e viver em função do pecado que gera egoísmo, idolatria e condenação. O caminho estreito não é um capricho de Deus, um castigo, uma imposição da parte dele para que sejamos salvos. É fruto do pecado, pois o pecado provoca em nós uma rebelião e nos faz sair da porta certa. É preciso desfazer essa rebelião. O caminho do ímpio é largo, mas só no começo. Quanto mais se caminha ele fica estreito e amargo, acaba num beco sem saída. É isso o que acontece com as ofertas sedutoras do mundo, tudo parece uma maravilha, as pessoas ficam iludidas e esquecem-se do resto, perdem sua identidade. Quanto mais avançam nessa fantasia, mas se fecham e morrem. O caminho dos justos é estreito no início, mas depois se torna um caminho régio porque nele se encontra Jesus. Neste sentido podemos afirmar que a característica da alegria terrestre é diminuir o passo, mas a eterna é sempre crescente. As alegrias terrenas são passageiras, mas as eternas são divinas. Para concluir, o que nos diz a Palavra de Deus hoje? Nos mostra dois modos de estarmos na Igreja ou duas categorias de cristãos. Os cristãos que se julgam em paz, “certinhos”, batizados, participantes da missa, cômodos com sua situação. Estes não precisam de mais nada, já se sentem salvos. Mas há os cristãos que vivem de verdade a fé, colaboram com o Reino, são comprometidos com Cristo e a Igreja, se esforçam para viver em comunidade, estão atentos aos desafios da comunidade, não vivem como meros espectadores. Jesus diz que estes são raros. EM QUAL CATEGORIA ESTAMOS? Refletir sobre o tema da salvação e da condenação é buscar em nossa realidade cotidiana o “como” da nossa realização. O ser humano faz escolhas para a vida ou para a morte, cada qual tem suas consequências. Podemos optar pela porta larga ou pela estreita, salvação ou condenação. Seja qual for, sejamos responsáveis. Baseado no livro “E o Verbo se fez carne” de Raniero Cantalamessa – Ed. Ave Maria.
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 22:28:38 +0000

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