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FMI diz que juros altos devem-se a problemas estruturais O representante do Fundo Monetário Internacional em Moçambique disse que este “defasamento” entre as taxas do Banco Central e as taxas dos bancos comerciais deve-se a “problemas estruturais”. É que os bancos avaliam os riscos de concessão de crédito e estes factores são mais determinantes para fixação das taxas de juro que as taxas directoras do Banco de Moçambique . Os bancos comerciais quase que ignoram as reduções das taxas directoras por parte do Banco de Moçambique, dando sinal de que as mesmas não produzem grandes efeitos na fixação das taxas de juros de empréstimos no mercado. Os níveis das taxas de juros são considerados altos por parte das empresas e famílias que contratam ou procuram crédito bancário. “O País Económico” fez contas, após a última decisão do Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique, de reduzir as taxas de FPC e de Facilidade Permanente de Depósito (FPD), em 50 pontos bases (pb), fixando-as nos 9% e 1.75%, respectivamente, tendo constatado que a taxa de juro média de empréstimos reduziu apenas 3%, fixando-se, neste momento, nos 19.77%. De Janeiro de 2011 a esta parte, o Banco de Moçambique reduziu 10 vezes a taxa de FPC e facilmente tirou a mesma dos dois dígitos (16.5%) para os actuais 9%, o que corresponde a uma redução de 46%. Por seu turno, os bancos comerciais, no mesmo período, tiraram a taxa de juro média dos 22.55% para 19.77%, o que correspondeu a uma redução de apenas 12%, ou seja, o FPC caiu quase quatro vezes mais que a taxa média de juro praticada pelas instituições financeiras. Os dados do Banco Central mostram que há, de facto, uma redução das taxas de juro por parte dos bancos comerciais, no entanto, a sua análise mostra que a mesma ocorre a um ritmo lento em relação ao nível de redução das taxas directoras pela autoridade monetária. Por que as taxas são altas? O representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Victor Lledó, reconheceu, tal como no final do ano passado, que há uma “desfasagem” na reacção dos bancos comercias em relação aos níveis de redução das taxas directoras pelo Banco Central, na medida em que “o processo de transmissão monetária, no caso de Moçambique, com o actual nível de desenvolvimento dos seus mercados, é muito lento”. Lledó falou inclusive em “problemas estruturais”, que não estão ligados à taxas directoras, mas que podem estar a influenciar a fixação das taxas de juros por parte dos bancos comerciais. Trata-se, segundo o representante do FMI, de projectos ligados à “capacidade de repago” dos empréstimos pelo sector privado, que é determinante para que este tenha um “histórico de crédito que se crie uma reputação de que ele faz esse pagamento de forma atempada”. facebook/pages/Revista-Capital/110691752314861
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 18:22:29 +0000

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