Hoje é o dia do advogado e o dia dos pais, mas meu primeiro - TopicsExpress



          

Hoje é o dia do advogado e o dia dos pais, mas meu primeiro comentário não pode deixar de ser a vergonhosa entrevista que os quatro membros da diretoria do Flamengo deram ao Globo. Eu fui um entusiasta das propostas inovadoras (ou nem tanto), apoiei e votei na Chapa Azul e agora me pergunto: O que é aquilo? O que fizemos? A quem entregamos a nossa paixão? Que o futebol mudou, se profissionalizou e hoje em dia é um negocio rentável e atrativo (business é o C...) qualquer imbecil já sabe. Ocorre que um clube de futebol só dará certo caso alie conhecimento e disposição empresarial de seus dirigentes a conhecimento, paixão e comprometimento em relação àquilo que transformou o futebol em negócio: O AMOR PELO FUTEBOL E PELA INSTITUIÇÃO! Os quatro executivos alçados ao posto máximo da administração do Flamengo já vinham demonstrando um total desconhecimento do clube e de tudo que envolve esta verdadeira Nação. O termo não é metafórico, meus caros. Somos realmente uma Nação, a qual eles estão demonstrando que são incapazes de governar. A entrevista (excelente trabalho do Carlos Eduardo Mansur, diga-se) começa com uma pergunta sobre se no planejamento passa a ideia da série B e uma seca negativa. A partir daí as respostas são uma sucessão de equívocos, a começar pela esfarrapada desculpa que, tão profissionais e competentes que são, não sabiam da real situação financeira do clube após a catastrófica gestão anterior. Como assim? O que esperavam? Pensam que chegaram de fora totalmente desconhecidos nas entranhas do Flamengo e foram eleitos por qual motivo? Como não se prepararam para encontrar um clube devendo horrores? A partir daí começa a se desmantelar a falácia do profissionalismo competente, com propostas de soluções que eu, péssimo administrador e que somente na vida trilhei o caminho dos processos, daria sem muito pensar. Perguntados sobre como manter os jogadores mais ou menos que temos a resposta é que cabe à torcida dar o dinheiro. E os atrativos negócios que vocês iriam vender às empresas? E os investimentos que iriam trazer ao clube? Era tudo mentira? Imediatamente após, começa um ataque nunca visto à verdadeira torcida do Flamengo, àquela que temos orgulho de pertencer, a nós, verdadeiros urubus, mulambada e tudo mais que o arco-íris acha que nos incomoda mas que, na verdade, nos enche de orgulho. Para justificar o injustificável, os argumentos chegam ao non-sense quando o Sr. BAP argumenta que nos estádios não cabem 40 milhões. Não brinca! Eu achei que coubesse. Então está explicado porque o Sr. vai cobrar R$ 500,00 pela arquibancada, né? A Nação Rubronegra-Negra, Srs. dirigentes de ocasião, é a parte mais socialista desse País. Somos uma Nação plural, solidária, amiga, igual. Somos uma nação onde os ricos e os pobres que os senhores desprezam e humilham na entrevista se transformam em um só corpo na casa que vocês nos roubaram e, pelo visto, não pretendem nos devolver: o Verdadeiro Maracanã! Não venham nos ofender, como fez o Sr. BAP quando disse: "O Flamengo vai viver dos pobres, jogar um futebol pobre e ser um time pobre (se os ingressos não custarem uma fortuna) porque o futebol mudou." Todos nós defenderemos a todos, como o único corpo que expliquei acima aos senhores que somos. Era essa a grande ideia que vocês tinham para fazer do Flamengo um time lucrativo? Se 100.000 no estádio a R$ 10,00 arrecadam X, 100.000 no estádio a R$ 100,00 arrecadam 10X. Vocês descobriram isso sozinhos ou tiveram que contratar algum executivo com salário acima de R$ 50.000,00 para chegar a essa conclusão? O Flamengo é o que é por força da sua torcida, pelas suas camisas no morro. Pela santa geral do Maraca. pelos abraços apertados que eu dava nos desconhecidos íntimos na hora do gol, que muitas vezes, minutos antes, estavam recolhendo moedinhas para comprar seus ingressos. O termo Nação não é jogada de Marketing, meus caros elitistas. É resultado espontâneo deste orgulho de ser rubro-negro e desta integração e solidariedade que vocês não conhecem. Respeitem a instituição Flamengo! Respeitem a Nação Rubro-Negra! Se retratem desse momento de infelicidade e digam que têm alguma proposta que não passe pela extinção da magia; pela discriminação da nossa gente; pela negação do urubu, da mulambada, que somos TODOS nós. Digam que confiam e contam, sim! com a torcida no nosso estádio. Digam que sabem que jogar no Rio, perante a sua gente é diferente que recolher um capilé em Brasília ou Natal. Digam isso de coração e, então, vocês terão uma chance de fazer-nos acreditar que esta administração dará certo.
Posted on: Sun, 11 Aug 2013 13:20:48 +0000

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