INFORMATIVO Fortaleza é ponto de rede de dados bilionária Com 34 mil quilômetros de cabos subterrâneos, dois pares de fibras e velocidade de 12,8Tbit/s, o projeto Cabo Brics pretende instalar cabos submarinos de fibra óptica entre os países membros do grupo - composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – além dos Estados Unidos e outros países africanos. Fortaleza é o ponto brasileiro previsto para receber o investimento, estimado entre US$ 800 milhões e US$ 1,5 bilhão. O valor total será dividido entre os países de acordo com o trabalho a ser desenvolvido em cada um. A previsão inicial era de que a operação começasse em 2015, mas a demora da China em confirmar participação no projeto fez com que a execução fosse temporariamente suspensa. Em entrevista por telefone ao O POVO, Thylan Chetty, CEO da empresa sul-africana idealizadora do projeto, a Imphandze Subtel, afirmou que o Cabo Brics deve ser levado adiante mesmo sem a participação chinesa. “Nós estamos tentando fazer com que a China participe para nós irmos para a próxima fase, quando vamos planejar a execução”. Para ele, a razão para as negociações estarem lentas está relacionada à política do país, com acesso controlado à internet. Segundo Chetty, a execução do projeto no Brasil está sob responsabilidade da Globenet, que tem como subsidiária nacional a Oi. Na África, o Cabo Brics é tocado pela Imphandze Subtel em associação com a I3 Africa. As empresas têm licenças na África do Sul para aterrar, operar e manter o Cabo. Eles também estão em processo de convite formal a empresas para que participem do investimento nos demais países. O projeto prevê que o cabo parta de Vladivostok, na Rússia, seguindo ao sul pela China até Cingapura. Uma conexão será construída para a Índia e o cabo principal seguirá pelo sudoeste através das Ilhas Maurício e África do Sul, onde cruzará o Atlântico até Fortaleza. Daqui, a linha segue para Miami, nos Estados Unidos. O equipamento também facilitará a comunicação com o continente africano, onde se conectará a cabos já existentes, permitindo acesso imediato aos 21 países do continente. A Oi, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que não há registro de negócios formalizados da Globenet no Cabo Brics. O Ministério das Comunicações, também via assessoria de imprensa, disse que o órgão não está envolvido no projeto, contudo diz não descartar parcerias para extensão do tráfego de dados a outros países e continentes. O quê ENTENDA A NOTÍCIA O Cabo Brics foi apresentado na quarta cúpula dos Brics, em 2012. O projeto foi incluído em declaração conjunta de importância, assinada pelos chefes de estado dos cinco países. Saiba mais O projeto Cabo Brics foi apresentado aos chefes de estado na Quarta Cúpula dos Brics, em março de 2012. Ele foi incluído em uma declaração conjunta como de importância estratégica para os países. A holding africana é a idealizadora do projeto. Na costa oeste da África e com os cabos Essay e Seacom no leste do continente, o que permitirá acesso direto aos 21 países africanos.
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 20:12:10 +0000
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