Metade de um carro é imposto Sócio. Da produção até o - TopicsExpress



          

Metade de um carro é imposto Sócio. Da produção até o emplacamento, governo é parceiro quase majoritário do setor de veículo no Brasil Imposto do carro nos EUA é de 6,1%, na Espanha 13,8% e no Japão é de 9,1% É assustadora a diferença de impostos cobrados no preço final de um carro no Brasil e em outros países. O governo fica com 50% do valor aqui, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, os tributos respondem por apenas 6,1%. Na anatomia da tributação, o consultor José Eduardo Favaretto contabilizou, além da média de 28% dos impostos diretos na venda do veículo, outros 4% do IPVA e a incidência dos impostos indiretos (IR, IOF, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e encargos previdenciários). "Seguramente a carga tributária chega perto dos 50%". O presidente do Sindicato dos Concessionários e distribuidores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Sincodiv-MG), Mauro Pinto de Moraes Filho, comparou a carga tributária do governo a um grande sócio na empresa. "No negócio, o governo é quase o sócio majoritário", criticou Mauro Pinto. Para ele, os altos impostos são uma grande restrição às vendas. Num olhar para a vizinha Argentina, a carga tributária também faz toda a diferença. "Na Argentina, o carro é de 20% a 30% mais barato do que o vendido aqui no Brasil", observou. O presidente do Sincodiv-MG, Mauro Pinto, acredita que o governo poderia diminuir o IPI e o ICMS. "E o IPVA também é um absurdo. Tem Estado em que o emplacamento é zero como Goiás", informou. Para o consultor José Eduardo Favaretto, a situação no Brasil é desvantajosa tanto para a produção quanto consumo. "A diferença é muito grande, sem considerar que a renda do consumidor brasileiro é menor que em outros países", comparou o consultor. O carro nacional super tributado ainda enfrenta o crescimento da participação de vendas do carro importado que, de 6% em 2006, atingiu 17,9% em 2010 no Brasil. No caso do importado, a cobrança do imposto de importação de 35% não elimina a desvantagem em relação ao carro nacional. Isto porque, de acordo com Favaretto, com o dólar em baixa, significa que o veículo está entrando com um preço mais atraente. "Se um carro custa US$ 20 mil lá fora e o dólar estiver cotado a R$ 2, o carro entra aqui custando R$ 40 mil e agora, com a taxa de juros em alta, haverá mais entrada de dólares no país abaixando mais a cotação da moeda", explicou. A Receita Federal iniciou a investigação do aumento das importações de automóveis da Coreia do Sul. O Fisco quer garantir que a incidência do imposto de importação, de 35%, ocorra sobre o valor correto dos automóveis, para evitar uma concorrência desleal com os produtos nacionais.
Posted on: Mon, 05 Aug 2013 17:57:00 +0000

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