Nunca antes na história desse país o povo esteve tão ligado nas questões políticas que envolvem nossos governantes. Há pouco, o povo foi para as ruas exigir do governo um basta à corrupção reinante no Brasil desde seu descobrimento. O governo e seus aliados tremeram na base, mas o povo, novamente ao voltar para casa fortaleceu seus comandantes. Tanto é que, depois de uma queda significativa de popularidade, o governo não só recuperou a confiança, como também continuou fazer todas as falcatruas de sempre por ver que aquilo que aconteceu não passou de um surto de nacionalismo, como sempre. Certo estava Einstein quando qualificou o nacionalismo como a “doença infantil da humanidade”. O ditado popular de que Deus é brasileiro deve ter um fundo de verdade. Aqui não temos catástrofes naturais como terremotos, maremotos, vulcões, tsunamis e etc. Além de estarmos livres dessas catástrofes, temos água doce em abundância, clima tropical e terra disponível para cultivo. Com todas essas vantagens, dá até para acreditar na piada sobre a criação do mundo em que um americano reclamou com Deus por Ele ter contemplado o Brasil com tanta coisa boa. Mas o Criador respondeu: “Você não sabe os governantes que vão aparecer por lá”. E o americano se sentiu consolado. Acho que é por isso que eles estão nos espionando para saber direito o porquê com tudo isto que temos em nosso favor existe tanta desigualdade em tudo. Aqui tem Bolsa Família para um monte de malandros nas cidades enquanto nos rincões tanta gente passa sede e fome. Aqui temos o “ladrão de galinhas” na cadeia sem chance de defesa, e temos também governantes e parlamentares corruptos condenados, porém soltos e tendo uma segunda chance para provarem sua “inexistente” inocência, como aconteceu agora com os “mensaleiros” e seus agregados. Aqui temos um tribunal superior que ao mesmo tempo em que condena, absolve. Este é um país dos contrastes que não sabe distinguir que a riqueza de um povo não é fruto de seus recursos naturais, mas sim de sua conduta. Claro que essa história de que Deus é brasileiro é apenas uma forma de mostrar que temos um país diferenciado por sua beleza e riquezas naturais como o petróleo que dizem que temos uma imensurável reserva. Pode ser, mas em compensação, temos o “gato tomando conta do rato” como a Petrobrás que é um antro de corrupção, usada como veículo político do governo. Financiam empresários corruptos, artistas engajados na defesa do socialismo, e até o MST, através de propagandas. O brasileiro, enquanto repete com orgulho “o petróleo é nosso”, paga uma das gasolinas mais caras do mundo, mesmo sendo subsidiada. Se Deus fosse mesmo brasileiro, certamente Ele exigiria uma maior igualdade entre as pessoas. Exigiria a aplicação da Lei para todos sem distinções de raça, credo, cor ou posição social. Se Deus fosse mesmo brasileiro não deixaria entrar no poder pessoas que não estão nem um pouco preocupado com Ele, pois muito deles, são pessoas que em nome de uma doutrina socialista, paternalista e mentirosa, que se diz igualitária, só dão o pão e circo em troca do caviar, ao contrário Dele que alimentou multidões, curou enfermos e transformou corações. Ele nos mostrou o padrão de comportamento mais consciente e eficaz para transformar o próprio mal em bem, a própria morte em vida. Com esses dados em mente, podemos perguntar: Deus é mesmo Brasileiro? Se for, teríamos que atribuir a Ele toda a beleza e recursos naturais do país, mas sem deixar de lado mais de 50 mil homicídios por ano, a miséria, a corrupção, etc. Esta afirmação supostamente se refere à licenciosidade e promiscuidade do povo que habita esse paraíso e conduz à compreensão brilhante articulada por Adilson Schultz de que, no Brasil, embora “Deus está presente – o diabo está no meio”. Dizem por aí também que: “a voz do povo é a voz de Deus”. Se for verdade, então porque os juízes da suprema corte não condenaram de vez esta corja de mensaleiros corruptos, já que segundo pesquisas, 82% da população pediam esta punição imediatamente? Realmente que tem coisas que não dá para entender. O Brasil ainda é dominado por uma mentalidade extremamente coletivista e nacionalista. A nação passa a ser ente concreto, com interesses próprios, um fim em si, transformando os “cidadãos” em meios sacrificáveis. Os súditos seguem cada vez mais no caminho da servidão, mas vibram com o pão e circo oferecido pelo governo paternalista. É como diz Rodrigo Constantino, da Veja: A linha que separa o patriotismo do nacionalismo é bastante tênue às vezes. Defender a pátria, ou seja, seu direito à propriedade e liberdade, é algo totalmente diferente de colocar a nação acima dos próprios indivíduos que a formam. Ninguém melhor que Hitler representa os enormes riscos disso. Seu nacional-socialismo chegou ao poder na Alemanha em 1933 usando o discurso nacionalista, e só foi eliminado 12 anos depois, com uma guerra que destroçou milhões de vidas. Voltando a Einstein, o físico dizia também que tanto o universo como a estupidez humana eram finitos, mas ele não estava certo quanto ao universo. E olha que ele nem era Brasileiro, diferente de Deus... Se Deus é mesmo brasileiro, deveria ter iluminado nosso Ministro Celso de Mello, já que estava empatada a votação, pois uma votação empatada mostra que ambas as partes podem estar certas. Sendo assim era só ouvir a voz do povo e votar em seu favor. Isto mostra que Deus não tem nada a ver com isto e muito menos Ele é somente brasileiro. O que está faltando no nosso Brasil é vergonha na cara de todos nós. De todos os representantes públicos e a nós que vamos às urnas às vezes sem saber em quem votar ou trocando nosso voto por assistencialismo. Como diz o Chico Buarque: Deus é um cara gozador, adora brincadeira, pois para me jogar no mundo tinha o mundo inteiro/Mas achou muito engraçado me botar cabreiro/Na barriga da miséria, nasci brasileiro. Sendo assim, chego à triste conclusão que se “Deus é Brasileiro Deve Estar Decepcionado”.
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 16:58:50 +0000
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