Não acredito que mulheres em pleno ano de dois mil e treze ainda - TopicsExpress



          

Não acredito que mulheres em pleno ano de dois mil e treze ainda suspirem por príncipes encantados e engomadinhos. Pelo pouco que a vida me ensinou, às vezes um traste amador pode ser mais útil e divertido que um mauricinho bem intencionado. Os papéis andam meio trocados e nessa mudança toda as preferências também mudam.Na adolescência, esperar o príncipe encantado era quase uma regra. Sonhava que algum Jack com olhos melosos de Leonardo Di Caprio entraria pela porta, se ajoelharia e diria que não conseguiria viver sem mim. Era um desejo comum, todas as amigas da época esperavam pela mesma coisa. Os anos passaram, a maturidade veio e um bocado de amores surgiram. Alguns densos, outros tão rasos que eu não me atreveria a mergulhar de cabeça. Apareceram uns que gostavam de Bach e outros que curtiam micareta. Uns que usavam terno e não se esqueciam das flores em datas especiais e outros que adoravam um bom All Star surrado com calças jeans e não se ligavam em presentes. Uns que diziam que amavam como resposta automática e outros que se calavam, embora sentissem. Dentro desse temível, porém saboroso caldeirão, eu afirmo: desculpem-me as românticas melodramáticas, mas um pouco de desajuste é fundamental. Eu jamais conseguiria ter um envolvimento com alguém que não pirasse comigo. Que não conhecesse o lixo e o luxo, que não me levasse para abrir os braços e me jogar. Essa coisa de puxar cadeira e abrir porta de carro para eu sair não me desperta nenhum tipo de interesse. Gosto de homem que reconhece meu brilhantismo. Que aprecie erotismo e romantismo, sem ser totalmente selvagem ou demasiadamente piegas. Que goste de me agradar e não babar em cima de mim. Que saiba seus limites e os ultrapasse de vez em quando. Que ao me ver triste, me faça rir e não apenas seque as lágrimas. Gosto do que tem humor sadio, alegria e sangue nas veias. Algumas briguinhas bestas para apimentar e muito amor para desvendar. No fundo, toda mulher deseja um homem assim, mas algumas tem vergonha de reconhecer. Um amor tranquilo é bom, eu concordo. Já tive alguns, mas nada se compara à surpresa de descobrir um pouco do outro a cada dia. Sentir suas terminações nervosas ganharem vida quando ele aparece do nada, ver o mundo girar com apenas um beijo. Gosto do que tem aventura como tema principal, dentro de uma estabilidade que todas nós queremos, mas até a página doze. Livros bonzinhos cansam demais. Homens também. E eu, que gostava de caras com presença polida, hoje aprecio uns palavrões de vez em quando (só de vez em quando), um Metallica tocando alto nos fones de ouvido, um “te ligo” sem promessas e um “se cuida” na despedida. Ah, e muitas tatuagens!
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 10:26:21 +0000

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