Olha o assunto pra nossa aula de Saúde Coletiva: Hiperêmese - TopicsExpress



          

Olha o assunto pra nossa aula de Saúde Coletiva: Hiperêmese gravídica[editar] Muitas das mulheres que engravidam apresentam náuseas e vômitos nos primeiros meses da gestação. A taxa pode passar de 55%, dependendo da população estudada. Em geral, as náuseas e vômitos são transitórios, findam até o início do 4º mês, não se acompanham de sinais deletérios, são leves, respondem bem a alterações na dieta com ou sem doses pequenas e ocasionais de anti-eméticos. Neste caso, são fisiológicas. Considera-se hiperêmese gravídica( HG) quando as náuseas e vômitos são persistentes, frequentes e às vezes intensos, não cedem facilmente aos tratamentos simples e progridem até causar distúrbios nutricionais e metabólicos como uma perda de peso acima de 4% do peso anterior,desidratação e cetonúria. Delimita-se o tempo do aparecimento das náuseas e vômitos: estes devem iniciar nas primeiras semanas da gravidez. Outras doenças que causam náuseas e vômitos, como a infecção urinária e a apendicite, precisam ser descartadas. A HG tem uma incidência variável e que depende sobremaneira das condições sócio-econômicas do local. Podemos ter 1 caso em cada 500 grávidas. É muito discutida a causa da HG. Provavelmente, é mais correto entendê-la como o resultado de diversos fatores agindo em conjunto. Há muitas teorias que tentam explicar sua causa(ou causas), eis algumas: - resposta anormal à gonadotrofina coriônica humana; - citotoxinas, produzidas a partir de substâncias das vilosidades coriônicas, penetram na circulação materna; - uma insuficiência da glândula adrenal levaria à hipersensibilidade à histamina com reações alérgicas como náuseas e vômitos; - deficiência de vitamina B6; - reação gastrintestinal de origem psicossomática. Há outras teorias, mas nenhuma considerada isoladamente explica todos os detalhes da doença( inclusive as que aqui são citadas). Estudos mais recentes têm indicado um envolvimento maior do aparelho genético: filhas de mães que sofreram de HG, têm três vezes mais riscos de desenvolver esta doença. Aspectos raciais também têm sido implicados: as náuseas e vômitos da gravidez parecem ser mais frequentes entre mulheres ocidentais que entre asiáticas ou africanas. Os vômitos contínuos provocam desidratação, depleção de eletrólitos( H+, Na+, Cl-, K+,...), perda de vitaminas e ingesta calórica negativa. Há: perda de peso; fraqueza; boca seca, língua saburrosa e hálito cetônico( cheiro de frutas); diminuição do volume urinário e aumento do ácido úrico na urina; aumento da frequencia cardíaca e queda da pressão arterial; corpos cetônicos( ácido acetoacético, ácido betahidroxibutírico) são detectados na urina: eles são oriundos da oxidação das gorduras, que são mobilizadas como fonte alternativa de energia já que há ingesta calórica negativa( eles também causam o hálito cetônico). Enquanto a mulher não tem vômitos muito severos, frequentes e que não respondem a doses pequenas e ocasionais de anti-eméticos, ela se alimenta, tem a língua limpa e úmida, não tem uma significativa perda de peso e não se detecta cetose, não há grandes motivos de preocupação. Ao contrário, se há algum destes fatores e a gestante não se alimenta, a internação é mandatória. Observe que a perda de peso geralmente precede os sinais objetivos de desidratação. O tratamento da gestante internada requer repouso absoluto em ambiente tranquilo e dieta zero( nas primeiras 24 a 48 horas ou enquanto persistirem os vômitos). Hidratação abundante, mas cuidadosa, por via venosa. Glicose, vitaminas, ferro, ácido fólico são ministrados por via parenteral, assim como uma sedação leve e anti-eméticos. Frequentemente, a recuperação com ganho de peso se dá em 5 a 10 dias de internação, quando ocorre a alta hospitalar. Em geral, o prognóstico é bom para mãe e feto e não há consequências negativas para o bom evolver da gravidez. Mas, após o episódio de HG, é preciso vigiar a gestante mais de perto visto que a pré-eclâmpsia pode acontecer. Embora haja relatos de recém-nascido de baixo peso, prematuridade, baixo quociente de inteligência do bebê, morte fetal ou materna, eles são próprios de casos muito graves e/ou que não tiveram a devida atenção. HIPERÊMESE GRAVÍDICA Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro A ocorrência de náuseas e vômitos ocasionais até cerca de 14 semanas de gestação é chamada emese gravídica, e pode ser considerada normal. Sua forma grave, a hiperêmese, ocorre em 0,3 a 2% das gestações, com vômitos persistentes que obrigam ao jejum forçado e levam à perda de peso. A maior parte das pacientes apresenta melhora a partir da segunda metade da gestação, mas em alguns casos o quadro clínico pode persistir até o parto. DIAGNÓSTICO • Vômitos incoercíveis antes de 20 semanas de gravidez. • Perda de peso corporal (4% a 10%). • Sinais de desidratação grave. • Distúrbios hidroeletrolíticos. • Cetose. • Cetonúria. • Alterações laboratoriais: EXAMES LABORATORIAIS • Hemograma. • Perfil eletrolítico. • Hepatograma • Uréia. • Creatinina. • Rotina de urina. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Geralmente é diagnóstico de exclusão, e sintomas associados como febre, dor abdominal, cefaléia, bócio, sintomas neurológicos, diarréia, constipação ou hipertensão arterial sugerem outros diagnósticos como: • Neoplasia trofoblástica gestacional • Colecistite • Apendicite • Hepatite • Pancreatite • Gastroenterite e úlcera gástrica • Obstrução intestinal • Hérnia de hiato • Litíase biliar ou urinária • Infecção urinária • Neuropatias • Intoxicações exógenas • Hipertensão intracraniana • Síndromes paraneoplásicas Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) Qui, 12 de Janeiro de 2012 21:16 Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é uma patologia que acomete as gestantes, em geral, na segunda metade da gestação e, mais frequentemente, no seu terceiro trimestre (REZANDE, 1998) As síndromes hipertensivas são as complicações mais frequentes na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instalam nas formas graves como a eclampsia (CUNHA E DUARTE, 1998). De acordo com Morton (2007), a DHEG é classificada em: • Hipertensão induzida pela gravidez (em primíparas): • Pré-eclampsia - desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal levando a proteinúria. • Eclampsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsões; • Hipertensão crônica que antecede a gestação; • Hipertensão crônica com toxemia superposta. Os sinais de pré-eclampsia podem ser três: hipertensão, edema e proteinúria. A pré-eclampsia tem como forte indício o edema generalizado (parede abdominal, face, região lombosacra e mãos) e o aumento de peso acima de 1kg por semana. Outros sinais e sintomas podem surgir e à medida que a doença progride o vasoespasmo se agrava, podendo ocasionar alterações no fundo do olho como edema de retina, constrição ou espasmo arteriolar e hemorragias. Cefaleias, tonturas, distúrbios visuais e hiperreflexia podem aparecer decorrentes da irritabilidade crescente do sistema nervoso central. Em alguns casos a retina pode descolar-se, mas a fixação da retina ocorre espontaneamente após o parto. A dor epigástrica é um sintoma tardio, que é atribuída ao estiramento da cápsula hepática devido ao edema e/ou hemorragias (ZIEGEL E CRANLEY, 1985). Já na eclampsia, o edema acentuado pode deformar as feições da mulher até torná-la irreconhecível. Sintomas como oligúria, anúria e proteinúria aparecem, a pressão arterial pode atingir valores acima de 180/110 mmHg. Podem ocorrer convulsões tônico-clônica que são precedidas por uma aura (sensação subjetiva e passageira que procede a uma crise). Essas crises começam com o bater das pálpebras ou por um espasmo dos músculos faciais, os olhos estão bem abertos e fixos, as pupilas estão geralmente dilatadas. Na sequencia todo o corpo se enrijece e todos os músculos se contraem e relaxam alternadamente. Após uma convulsão a paciente fica em coma que varia em duração e profundidade, a condição dessa paciente é sugestiva da evolução da doença (ZIEGEL E CRANLEY, 1985). A cura para a DHEG é o parto. Por essa razão, se o parto não é aconselhado devido à imaturidade fetal, os esforços são dirigidos no sentido de controlar os sintomas, a fim de melhorar a condição materna e fetal até que o parto possa ser realizado (ZIEGEL E CRANLEY, 1985). Os objetivos terapêuticos no tratamento da DHEG são finalizar a gestação com o mínimo de trauma materno-fetal, promover o desenvolvimento normal da criança, restaurar a saúde materna, diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a pressão sanguínea e promover a diurese (KNOBEL, 1998). A DHEG é considerada uma doença possível de prevenção em quase todas as circunstâncias. Quando assume a responsabilidade de cuidar da saúde, a mulher que faz o pré-natal sabe reconhecer as alterações que necessitam de avaliação, permitindo o diagnóstico e o tratamento antes da eclâmpsia ocorrer. A DHEG devidamente tratada quase sempre pode ser controlada de forma a não progredir até a convulsão (ZIEGEL E CRANLEY, 1985). A prematuridade constitui ainda em nossos dias uma das complicações mais frequentes da DHEG decorrente de um trabalho de parto espontâneo, em razão ou da contratilidade uterina aumentada ou, comumente, da conduta obstétrica de interrupção da gravidez, quando o quadro clínico se agrava e há comprometimento das condições maternas ou fetais (FERRAO et al, 2006). O enfermeiro é um dos profissionais de nível superior da área da saúde responsável pela promoção, prevenção e recuperação da saúde dos indivíduos. Duas referências utilizadas descrevem condutas de enfermagem para pacientes com hipertensão induzida pela gravidez com diversos objetivos como (ZIEGEL E CRANLEY, 1985; SOARES E FLORIANO, 2008): • Diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central; • Controlar a pressão sanguínea: • Promover a diurese; • Controlar o bem estar fetal; • Auxiliar na dor; • Aliviar náuseas e vômitos; • Reduzir edema Doença Hipertensiva Exclusiva da Gestação (DHEG) Uma das doenças mais comuns em grávidas é a hipertensão, chamada de Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG). Aparece em 10% da população brasileira e o índice de mortalidade chega a 35%. Esta hipertensão gestacional se diferencia da hipertensão crônica, aquela do dia-a-dia, por ter começo e fim. A pressão da mulher fica acima de 14/9 entre o período da 20ª semana de gestação e oito semanas após o parto. A causa é desconhecida, e aparece em mulheres que estão nos extremos da idade para engravidar (muito novas ou acima de 35 anos), que estão na primeira gestação, obesas, que possuem diabetes e doenças renais, que estão na primeira gestação e que também possuem o histórico da doença na família. A doença, se não tratada, pode evoluir para três níveis: Pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome de Hellp. No primeiro nível, na pré-eclâmpsia, aparecem hipertensão arterial somada à perda de proteína pela urina, podendo ainda acontecer edema. No segundo nível, na eclâmpsia, surgem crises convulsivas acompanhadas de coma. Isto pode acontecer dez dias depois do parto. No estágio mais perigoso, o que inicia a Síndrome de Hellp, acontece uma anemia causada pela autodestruição (hemólise) do sangue, juntamente com alteração hepática com diminuição das plaquetas. Neste estágio, a taxa de mortalidade é de 60%. O único tratamento no caso da síndrome de Hellp,seria a interrupção da gestação, com o objetivo de salvar a mãe, sendo que a sobrevida do feto, irá depender da idade gestacional. “A DHEG muitas vezes é assintomática, por isso a importância do pré-natal. Seu diagnóstico é clínico e laboratorial. É obrigatória uma avaliação médica. A doença pode apresentar sinais como azia, cefaléia e alterações visuais, antes de aparecer”, comenta o cardiologista titulado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, João Gustavo Gôngora Ferraz. O tratamento médico específico da DHEG é o uso de ansiolíticos, medicações anti-hipertensivas específicas, as quais são diferentes dos receitados para pacientes hipertensas crônicas. Em alguns casos, o internamento se faz necessário. Para ficar longe da doença, deve-se evitar fumo, cafeína, ansiedade, ganho de peso semanal de 500gr, gorduras, frituras e refrigerante. Deve-se repousar não só durante à noite, mas de dia também, e de preferência deitar do lado esquerdo. Quem teve DHEG na primeira gestação, corre alto risco de desenvolvê-la na próxima. As pacientes que tiveram pré-eclâmpsia, têm grande chance de permanecerem hipertensas para o resto da vida. Se a paciente sobreviver à eclampsia ou síndrome de Hellp, as chances de ficar seqüelas são baixas, no entanto a recuperação pode levar até um ano. O maior cuidado para a gestante não ter uma gravidez de alto risco e com DHEG é ter uma vida saudável antes de engravidar. Fabiana Mello Monique Shayanne Pollyanna Nascimento Vania Pereira Thamyres Santos Clemilda Pereira
Posted on: Fri, 29 Nov 2013 23:32:54 +0000

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