POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA! por Edson Travassos - TopicsExpress



          

POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA! por Edson Travassos Vidigal* “Polícia para quem precisa. Polícia para quem precisa de polícia”. O refrão da música “Polícia”, da banda de rock Titãs, é simples e direto, como todas as verdades devem ser. Um soco no estômago que, a exemplo de muitas indignações cantadas por nossos artistas, infelizmente ainda cai como uma luva em um país que ainda não aprendeu a ser Estado Democrático de Direito. E parece que a cada dia existem mais e mais pessoas precisando de polícia. Nós, cidadãos, precisamos desesperadamente de sua proteção. Eles, marginais, precisam urgentemente de sua repressão. Poucos sabem, mas a palavra “polícia” deriva da palavra grega “polis” (normalmente traduzida como “Cidade-Estado”), assim como a palavra “política”. Ambas têm a mesma raiz e a mesma missão: buscar a paz social, a convivência pacífica e saudável de pessoas humanas ligadas entre si pelos laços de cidadania. A atividade policial se ampara no chamado “poder de polícia”, prerrogativa do Estado que se caracteriza no dever de harmonizar os interesses individuais particulares ao interesse social coletivo. E isso se dá da seguinte forma: quando o interesse de um (ou de alguns) excede sua esfera de direitos e invade a de outros, assim ofendendo o interesse da sociedade como um todo, o Estado intervém, por meio de sua atividade policial, limitando direitos individuais em prol do interesse coletivo. É simples: alguém quer meu carro e o furta. Excedeu seus direitos e ofendeu os meus. A polícia vem e o prende. Limita seu direito de liberdade em minha defesa e em defesa dos demais indivíduos da sociedade. Mas é importantíssimo frisar que isso não vale só pro ladrão de galinha, pro traficante ou pro homicida. Vale pra todos que ofenderem o interesse coletivo em prol de seus interesses particulares. Pro político corrupto que negocia com empresas os direitos dos cidadãos, que compra votações no parlamento e depois diz que não sabia de nada. Pro secretário municipal, estadual ou nacional, que frauda licitações e beneficia amigos (cúmplices). Pro gestor que usa os recursos públicos para se beneficiar, seja politicamente, por meio de repasses voluntários em troca de votos, seja economicamente, utilizando materiais ou serviços da Administração irregularmente, ou mesmo desviando dinheiro para o “caixa 2” do partido. E por aí vai. Pois pois... * EDSON TRAVASSOS VIDIGAL É ADVOGADO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO DE DIREITOE FILOSOFIA, MÚSICO E ESCRITOR. EMAIL: [email protected] FACEBOOK : EDSON.VIDIGAL.36
Posted on: Mon, 18 Nov 2013 23:38:35 +0000

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