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PORTUGAL INDUSTRY MAGAZINE RIO DE JANEIRO, 1 Ago (Reuters) - A produção industrial brasileira cresceu acima do esperado em junho, puxada sobretudo pelos bens de capital, mas o movimento não foi suficiente para trazer de volta o otimismo aos agentes econômicos, que continuam ressaltando o comportamento irregular da atividade e a falta de confiança. Em junho, a produção teve expansão mensal de 1,9 por cento frente a maio, anulando a queda revisada de 1,8 por cento vista em maio, e crescimento de 3,1 por cento sobre o mesmo mês de 2012, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. No ano, a indústria acumula uma alta de 1,9 por cento. Pesquisa da Reuters junto a analistas apontava previsão de alta mensal de 1,3 por cento e anual de 2 por cento. "Nesse ano, a indústria tem sido muito volátil mesmo com números positivos... Mas dado indicadores de confiança e da própria indústria automobilística, temos de ter cautela para o desenrolar ao longo do ano", disse a jornalistas o economista do IBGE André Macedo. Entre as categorias de uso, Bens de Capital --uma medida de investimento-- registrou alta mensal de 6,3 por cento e de 18 por cento na base anual, enquanto Bens de Consumo teve expansão de 3 e 2,8 por cento, respectivamente. Já a produção da categoria Bens Intermediários, segmento mais importante da indústria e com peso de mais de 50 por cento no indicador, ficou estável na comparação mensal e teve uma leve alta de 0,4 por cento na anual. Segundo o IBGE, esse cenário impede um desempenho mais robusto da atividade fabril. "Bens intermediários dá o tom do setor industrial como um todo", resumiu Macedo, acrescentado que vários segmentos mostram dificuldades. Pelos ramos de atividade, 22 dos 27 pesquisados apresentaram alta mensal, com destaque para a indústria farmacêutica (8,8 por cento), máquinas e equipamentos (3,2 por cento), outros equipamentos de transporte (8,3 por cento) e veículos automotores (2 por cento). Na ponta oposta, entre as cinco atividades que reduziram a produção nesse mês, o pior desempenho foi de refino de petróleo e produção de álcool, com queda de 4,1 por cento. "Nos próximos meses, o risco de reversão desse processo (de recuperação da indústria) se elevou, expectativa reforçada pelos recentes sinais de crescimento mais contido da economia e do comércio mundial e o aumento das incertezas no cenário doméstico, com as grandes manifestações sociais em todo o país", avaliou a equipe da LCA, em nota, estimando que a produção terá queda mensal dessazonalizada de 0,1 por cento em julho. Nesta manhã, foi divulgado o PMI da indústria no Brasil em julho mostrando contração pela primeira vez desde setembro. Também no mês passado, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas recuou 4,0 por cento ante junho, atingindo o menor nível desde julho de 2009. Diante disso, as estimativas sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vêm sendo reduzidas, seguindo na direção dos 2 por cento para este ano. Pesquisa Focus do Banco Central também mostrou que os especialistas calculam expansão de 2,10 por cento para a produção industrial neste ano. (Reportagem adicional de Jeb Blount, no Rio de Janeiro)
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 15:38:16 +0000

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