Por um jornalismo com menos “OFF” e mais apuração. A informação passada ao jornalista sob o compromisso de não revelar a fonte alimenta a especulação e a especulação tem se transformado na base do trabalho do jornalista esportivo. A especulação existe pela falta de transparência das fontes e por interesses obscuros das mesmas que tem por objetivo preservar instituições. Em virtude desse silêncio das fontes oficiais, as notícias passam a ter um caráter especulativo, que, algumas vezes, acaba se tornando oficial, porém, traz consigo um possível desgaste na imagem do jornalista. A informação privilegiada é um benefício, mas, paradoxalmente, pode ser nociva. O “off” beneficia o repórter com informações privilegiadas, mas, em contrapartida, traz o ônus da cobrança e da possível perda de credibilidade, quando usado com “segundas intenções”, ou seja, a fonte usa o jornalista para atingir o seu objetivo: plantar notícias para que alguém seja prejudicado ou beneficiado. O desafio consiste em encontrar uma forma equilibrada de convivência, em que a perda, mesmo sendo inevitável, seja inócua. Esse ponto de equilíbrio, talvez, seja o maior desafio do novo jornalismo esportivo. Vamos usar o “off” como ponto de partida e não transformá-lo em verdade absoluta. Assim, ganham todos: jornalismo e público consumidor.
Posted on: Wed, 18 Sep 2013 02:03:24 +0000
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