Pronto: Falei! Novos parâmetros para a formação em medicina anunciada pelo Governo e a vinda dos médicos estrangeiros. O que eu penso disso tudo: Hoje, 70% dos engenheiros mais destacados da NASA são indianos, assim como a maioria dos cérebros mais respeitados no Vale do Silício. Não sou contra a importação de qualquer bom profissional. Tenho uma amiga dentista, especialista em tratamento de canal. Ela soube que em Cuba, estavam anestesiando com acupuntura e foi lá aprender com eles. Relata que presenciou cirurgia de peito aberto de coração apenas com acupuntura. Tenho o maior respeito e admiração por isso. Essa medicina é o sonho prá mim! O ponto não é esse. O ponto é: o que o Governo brasileiro tem feito pela saúde no Brasil? Aqui faltam médicos, algodão, gase, ambulâncias, leitos, hospitais, medicamentos, tudo do mais básico enquanto os salários de nossos parlamentares são injustificáveis! Disparar o furor patriota de médicos desesperados pelo mínimo de assistência, anunciando a contratação do que, a princípio, soa como concorrência, não pode nunca ser uma medida inteligente! Por isso tanta resistência. Ademais, precisaríamos de pelo menos mais 150.000 médicos para atender nossa real demanda. Outro ponto: quem aguenta ficar na faculdade tanto tempo! Se é assim, essas especializações deveriam começar aos 14 ou 16 anos de idade (abreviando-se os anos de científico), para não perdermos tempo com o que nunca vamos usar e ir direto ao assunto, ou à profissão que escolhermos_postura comumente adotada na Europa e outros continentes. Se vamos entrar nesse mérito (socialismo ?) isso deveria acontecer com todas as profissões. A cada seis meses, uma leva de "profissionais" sem experiência e, pior, sem oportunidades é lançada no mercado brasileiro. Se a "oportunidade" de "mostrar serviço" será forçada, que assim seja para todos: dentistas, estilistas, jornalistas, artistas, engenheiros, advogados, mecânicos, técnicos, etc. Sou a favor sim, do serviço comunitário, pois é preciso "chegar onde o povo está". "Talvez" a nova medida para a formação em medicina (extensivos a todas as outras profissões), da forma como foi apresentada hoje (que para mim cheira a oportunismo e populismo), possa nos dar alguma dignidade como cidadãos e profissionais. Talvez nos dê um rumo além do individualismo e do consumismo que nos consomem. Talvez assim, possamos ter melhores casas, edifícios, cidades construídas (e tbm mais bonitas, pois no pacote entram tbm arquitetos e urbanistas); melhores cortes e tecidos parar o vestuário, para os cabelos, cirurgia plástica e estética e para todos, personal trainer (olha que maravilha!), arte menos elitista, cultivo e distribuição de alimentos orgânicos e não transgênicos, carros mais baratos, uma apropriação do território nacional onde, em imediato contato conheceríamos e respeitariamos mais nossa flora e fauna e, enfim, toda sorte de melhorias em nossa qualidade de vida. Certamente, teremos um futuro brilhante e promissor. Oxalá! Porém, respirando fundo e voltando à "terra brasilis", enquanto tivermos políticos condenados exercendo o poder, sem estudo, sem ética ou escrúpulo, "lobistas", uma mídia que deixou de ser investigativa e passou a ser comprada e controlada, certamente, continuaremos condenados ao fracasso. A revolta não advém apenas de uma face. Advém de um brilhante multifacetado, ofuscado e sujo de tanta hipocrisia. Chegamos ao limite e, por isso, exigimos, precisamos de mudança, caso contrário, sucumbiremos e, conosco, nossos filhos. Podemos nos dar ao luxo de não fazermos nada? Podemos nos dar ao luxo de aceitar qualquer medida paleativa às nossas reais necessidades? Já não há mais tempo para embrólio. E o Governo, independente de partido, precisa entender isso. Precisa abrir o canal do diálogo, pois está ali para nos representar e não apenas para lançar-se de leis e determinações que contradizem tudo o que pode significar uma democracia.
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 01:22:53 +0000
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