Pré-lançamento da "COLUNA MESTRA" (Um dia adiantado) COLUNA - TopicsExpress



          

Pré-lançamento da "COLUNA MESTRA" (Um dia adiantado) COLUNA MESTRA Humberto Migiolaro Blog - hmigiolaro.wordpress PARE O BONDE, QUERO DESCER Outro dia em uma pizzaria um amigo, ave solitária na revoada afirmou: Precisamos eleger um operário para que se fizesse a inclusão social de mais de 50 milhões de brasileiros! No Brasil a presença de um líder deletério, bandoleiro e debochado brinca com a realidade de um povo que se esforça para merecê-lo. Vivemos em paraíso de ficção, onde a farsa se torna realidade, a grosseira mentira se transforma em verdade absoluta, o certo sucumbe ao errado, o real cede espaço ao imaginário. A afirmação acima faz parte de toda essa visão surrealista de nossos tempos. Mais vale a frase de efeito que desce pelas entranhas que a imagem inconteste da realidade que nos cerca. Dita assim em tom de comício, essa falácia é deglutida sem prévia degustação por grande parte de uma população cujo horizonte não vai alem do final de semana. “Inclusão social” seria o eufemismo determinado pelo rebaixamento das expectativas humanas transformando em verdade inquestionável uma falácia que jamais caberia em racionalidade normal. Transforma-se a dignidade de um povo em massa de manobra, a verdade dos fatos em estatísticas escandalosamente manipuladas. A grande façanha do sistema de governo implantado há dez anos consistiu exatamente na concepção de um imenso cadastramento nacional credenciando miseráveis a beneficiários de programas de barata e indiscriminada distribuição de esmolas a fundo perdido e municiados com dinheiro público. De tal modelo os petistas se jactam e pretendem vende-lo à comunidade mundial como obra máxima da criatividade do populismo nojento. Vedam-se os olhos para a indisfarçável e inconteste realidade nacional. Vende-se a preço de ocasião, mas superfaturado, a ilusão de uma grande nação em esplendor. No passado as demagogas autoridades vendiam à plebe eleitora a ilusão brasileira de “país do futuro”, uma potência em construção. A desfaçatez evoluiu como seria inevitável e, orientados por cartilhas internacionais de domínio de massas, hoje o ilusionismo se apresenta como obra do presente, com o mágico mestre tirando inexistentes coelhos de uma cartola de fantasia. O tamanho absoluto de nosso PIB é produto de ficção cambial. A nova classe média existe em suaves e inadimplentes prestações mensais. O padrão de nossa educação poderia ser motivo de piada, caso o povo tivesse bom senso e cultura para entendê-la. Nossas cidades são vergonhosos e caóticos ajuntamentos humanos desorganizados, pasto conveniente de toda desordem, de esgotos a céu aberto onde o tráfico e a criminalidade campeiam e dominam pelo medo e justaposição com a miséria desassistida. Nas ruas dominam as drogas, os ébrios dos botecos apinhados financiados pelos programas gratuitos e sem contrapartida. As estradas esburacadas oneram nossa produção que teima em sustentar o pais da irresponsabilidade. A morte nos ameaça em cada trecho pelos volantes desenfreados e impunes pela ausente fiscalização. O ser humano passou a ser visualizado pelo Titulo de Eleitor, pura e simplesmente o marketing político substituiu de vez a visão de realidade. Vivemos a fantasia do absurdo, nada mais nos choca, nos acostumamos à aceitação passiva, o combustível do conformismo. Os três poderes se acotovelam e se confundem em uma estranha e conveniente simbiose. O único interesse que mobiliza o Congresso Nacional nos dias que correm se refere ao projeto de tornar obrigatório o pagamento das emendas apostas por parlamentares ao Orçamento. O Judiciário não consegue se desatrelar do Executivo, sendo cria e recria do mesmo. O TSE manipulado pelos interesses partidários sumiu com relatórios técnicos de contas do PT da época do mensalão e realizou manobras do mais puro, desenfreado e imoral contorcionismo de auditoria para aprovar as irregulares contas das despesas de campanha da ex-guerrilheira, ex-ministra da sabida e corrupta Casa Civil, como presidente diplomada. O processo de julgamento do maior episódio de corrupção política de todos os tempos a que temos conhecimento representou episodio de luz na escuridão das togas do STF. O ministro que abusou da indecência e indignidade para acoitar réus bandidos é o mesmo que descaradamente promoveu a manipulação das contas do PT e da campanha da presidente no TSE. O brilho do relator do STF o promoveu a herói de uma nação onde a dignidade se transforma em mérito de elogio. O Supremo precisou de sete anos para chegar à conclusão do óbvio e ululante: “Os mensaleiros são criminosos.” Maravilha, por fim algo se conclui. Certo? Errado. Agora são os “embargos declaratórios” e, se forem aceitos motivarão os “infringentes”. Tudo isso a tumultuar um processo que em rápida e descompromissada vista d’olhos seria impossível ao senso médio do cidadão não detectar a existência de duas espécies de cidadãos: Os iguais e os menos iguais, conforme sua origem. E ninguém enxerga um palmo diante do nariz, a nação anestesiada canta e dança o funk da inclusão social. Ah, mas o povo saiu às ruas! Braços dados, visão altaneira, bradando slogans e cartazes contra tudo e contra toda essa imundice adoidada dos meandros políticos. A presidente que não é boba aderiu aos manifestantes, falaz se exibiu ao lado do Papa, e em eloqüente festival de banalidade e sem-vergonhice determinou que se retrocedessem os aumentos de tarifas viárias. Fraca, tentou convocar uma “Constituinte” e promover plebiscito para a proposta de reforma política. Inconseqüente, ordenou que se estendesse o currículo das faculdades médicas e que se importassem médicos hermanos no programa “mais médicos”. Estranho, tenho a impressão que não foram exatamente esses os pedidos das pessoas nas ruas. Mais estranho ainda, elas se calaram. É bem provável que tenha subido no coletivo errado. Por favor, senhor condutor: PARE O BONDE, QUERO DESCER
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 17:51:58 +0000

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