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REFLETINDO SOBRE UMA POLITICA DE ESTADO PARA CULTURA Vivemos um estagio na cidade de Contagem, onde é preciso mais do que nunca, refletir sobre o que seria uma politica de estado para cultura? é preciso entender o papel do estado frente a esse setor, que muitas das vezes é relegado a uma lógica de eventos e de mercado. A cultura, deve ser algo a mais do que a fruição da arte. Um a politica de estado, deve compreender a cultura, também como serviço publico, não apenas como um direito a ser garantido através d uma lógica consumo, Um politica cultural deve no mínimo, produzir contradições em relação a um Estado que já não se envergonha de ser gestor do capital. Neste sentido, um programa para uma possível política cultural mais justa terá de ser negativo: • terá de estimular sempre processos culturais de longo prazo (não produtos) e apoiar as pessoas neles envolvidos, oferecendo possibilidade de aprendizado e criação cultural que não se orientem por uma possível entrada no mercado. O que depende da convicção de que o mercado não é a única realidade da vida. • terá de se opor à disseminação da lógica do consumo cultural, que identifica os espectadores a consumidores, que contabiliza seres passivos a ser atingidos por eventos, que adota critérios quantitativos para avaliar os efeitos culturais. • terá de compreender cultura como um processo mais amplo de aprendizado, invenção, desenvolvimento intelectual e sensível das capacidades de relação social, muito mais abrangente do que a produção artística ou de entretenimento. • terá de estimular agrupamentos contrários ao caráter monopolista do sistema de reprodução cultural. • terá de apoiar antes formações e movimentos coletivos do que realizadores individuais, terá de oferecer acesso social aos meios de produção da cultura, terá de considerar o amadorismo cultural tão ou mais importante do que o profissionalismo, e procurar integrá-los, terá de fortalecer a noção de sujeito cultural, o que depende de uma formação crítica e política. • terá de romper com a aura de cultura de elite que paira sobre certas instituições (como herança liberal) e abrir as portas dos teatros municipais, estaduais e federais a projetos de intercâmbio entre áreas, de modo que as artes, ciências, crítica, memória e literatura desloquem seus lugares convencionais e superem as distâncias sociais. • terá de desconfiar das formas dominantes e tomar partido diante da produção cultural da sociedade civil. • terá de considerar que a cultura não é privilégio de classe, mas um direito que depende do tempo livre.
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 17:32:37 +0000

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