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Sementes para Todos - Alimento para Todos Durante muito tempo, as populações plantavam e semeavam os seus próprios alimentos, guardando sementes, para as cultivarem novamente no ano seguinte, de modo a conseguirem mais alimento. À medida que migravam e trabalhavam a terra, esses agricultores levavam consigo sementes que, ao longo dos tempos, plantaram em diferentes solos e em diferentes climas... Desse modo nasceram as diferentes variedades da mesma planta que durante muito tempo alimentaram os nossos antepassados e, hoje, ainda são o nosso alimento. ... Mas... Aqueles que antes guardavam as suas sementes para replantar na época seguinte também modificaram os seus hábitos... Agora compram sementes comerciais, sementes de pacote ou plantinhas transformadas que já não dão semente... ...Desde meados dos anos 70, que a exclusividade do mercado das sementes provocou o desaparecimento de milhares de variedades não rentáveis e a sua substituição por uma pequena quantidade de híbridos... O rumo da agricultura na europa, onde os modos de produção intensivos se sobrepuseram à agricultura tradicional e de pequena escala e onde as variedades agrícolas e as próprias sementes e base da vida, foram retiradas da esfera comum e entregues às multinacionais do agro-negócio, fazem-nos perder sementes valiosas e, por consequência, alimentos de qualidade. O facto mais recente desta vergonha é a legislação adoptada pelos políticos portugueses, lacaios da comissão europeia, que restringe a livre reprodução e circulação de sementes, atribuindo patentes a variedades de plantas agrícolas anteriormente pertencendo ao bem comum e ilegalizando as variedades não registadas. A nova «Lei de sementes» retira o papel de guardião de sementes ao agricultor, função que desempenha, com proveito para o BEM MAIOR DE TODOS, desde o nascimento da agricultura e da civilização! A soberania alimentar é a liberdade e a capacidade de cada um de nós e de cada comunidade de exercer os seus direitos económicos, sociais, culturais e políticos relativos à produção da sua alimentação... saúde e bem-estar... Reconhecer o direito à alimentação é também reconhecer o direito à produção de alimentos e ao acesso aos recursos comuns, tais como terra, água e sementes. Que fazem os nossos (apenas) representantes políticos? A biodiversidade e a produção de sementes constituem elos essenciais na produção de alimentos! Recolher, catalogar e guardar sementes de variedades tradicionais, trocando-as entre agricultores espalhados por todo o território luso, contribuem para a adaptação contínua dessas plantas e a continuidade produtiva de alimentos para todos - nossos filhos e netos também... Político que realmente se dispôs a servir a Comunidade, apoia a criação de redes locais de troca de sementes, de bancos de sementes e de hortas de preservação de sementes de variedades tradicionais em todo o país luso! As hortas comunitárias nascem depois... da necessidade das populações, e não da vontade ou programa político que apenas a alguns continua a servir! Vamos começar na Terra Templária? Cristiano Gandra Julho 2013
Posted on: Sat, 06 Jul 2013 14:29:08 +0000

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