Terapia anti-Her2 no Tratamento do Câncer de Mama Equipe - TopicsExpress



          

Terapia anti-Her2 no Tratamento do Câncer de Mama Equipe Oncoguia - Data da última atualização: 14/05/2012 -------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- Terapia anti-Her2 (trastuzumabe ou lapatinibe) é utilizada em todas as pacientes cujos tumores são maiores que meio centímetro e que tenham um aumento na chamada expressão de Her2 (aumento da proteína na superfície da célula ou aumento na quantidade do gene Her2 no núcleo das células). A hiperexpressão de Her2 é observada em aproximadamente 20% das pacientes com câncer de mama. Embora estes tumores sejam mais agressivos, estas pacientes se beneficiam da existência de um alvo terapêutico e da disponibilidade de uma terapia-alvo. Para estas pacientes, a terapia anti-Her2 é obrigatória, seja na adjuvância (tratamento pós-operatório para tentar garantir que a doença não vá recidivar) seja na doença metastática. Para pacientes que recebem a terapia anti-Her2 no tratamento adjuvante (ou neoadjuvante seguido de adjuvante), o padrão atual de duração deste tratamento é de um ano. Para pacientes que recebem terapia anti-Her2 como parte do tratamento da doença metastática, é frequente manter a terapia anti-Her2 associada a algumas linhas de quimioterapia sequenciais, ou associada à hormonioterapia. Assim, para pacientes em uso de uma droga quimioterápica associada à terapia anti-Her2, e nas quais ocorra progressão da doença, substitui-se a quimioterapia, mas mantém-se a terapia anti-Her2. Dados recentes sugerem que devido a mecanismos de ação um pouco diversos, a associação de duas terapias anti-Her2 poderá tornar-se uma opção válida de tratamento em futuro próximo. Por hora, o padrão é que após a suspensão de trastuzumabe, depois de este ter sido utilizado com até duas ou três drogas quimioterápicas sequencialmente, se passe a utilizar lapatinibe com algum quimioterápico ainda não utilizado previamente. Embora a terapia anti-Her2 tenha algum grau de eficácia quando utilizada isoladamente, existe uma sinergia entre esta e quimioterápicos que faz com que se use preferencialmente a associação. Do ponto de vista de toxicidade, estas medicações (trastuzumabe e lapatinibe) podem ser tóxicas para o coração, devendo as pacientes ser acompanhadas não só clinicamente, mas também com um ecocardiograma a cada 3 meses, para detectar precocemente uma eventual toxicidade cardíaca, permitindo que a medicação seja interrompida enquanto o quadro é reversível. Na grande maioria dos casos, a disfunção cardíaca induzida pela terapia anti-Her2 é reversível, e não está contraindicada a retomada da medicação após a resolução da toxicidade. Cada caso deve, porém, ser cuidadosamente discutido com o oncologista responsável, e em alguns casos, está recomendado também o seguimento com cardiologista.
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 01:44:50 +0000

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