Tripudiar sobre a desgraça alheia é abjeto, mas refletir sobre - TopicsExpress



          

Tripudiar sobre a desgraça alheia é abjeto, mas refletir sobre ela é quase um dever. Segundo o casal religioso, que teve dois filhos mortos porque preferiram optar por oração ao invés de antibióticos, eles apenas deixaram o caso nas mãos de Deus e seguiram as instruções do culto evangélico que frequentam: "If we are trusting in prescription or medication, Satan is able to hinder our victory from God." Meu argumento é simples. Esses pais são religiosos exemplares, no sentido de exemplos de coerência. Esses são os verdadeiros religiosos, os que levam a sua fé às últimas consequências. Se tentarmos acusá-los de negligência, estaremos paralelamente dizendo o seguinte: "Vcs tem o direito de brincar de religião, mas não tem o direito de levar a brincadeira a sério". Daí se segue o dilema: ou i) não houve crime algum e os religiosos têm o direito legítimo de agir conforme suas crenças, a despeito de quaisquer evidências científicas em contrário (e fodamo-nos todos nós que disso discordamos); ou ii) houve crime e as crenças não baseadas em evidência científica devem ser rigorosamente restringidas. O primeiro caso é a apologia do irracionalidade e do caos cognitivo. O segundo caso é a escancarada desmoralização da religião como algo minimamente respeitável. Pena que poucos compreenderão o argumento e sairão de fininho...
Posted on: Fri, 09 Aug 2013 01:29:02 +0000

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