Vergonha! Eis uma palavra interessante. Ao consultá-la no dicionário, dentre as descrições encontradas está “sensação de perda de dignidade ou de falta de valor pessoal”. Também encontramos a definição de “sentimento desagradável relacionado com o receio do ridículo”. Nos comentários que acompanhei pude ver um misto dos dois. A primeira descrição aqui relatada, imputo àqueles que ousam lançar qualquer comentário depreciativo à OAB/SC, na condução dos problemas enfrentados pelos advogados na lida com o processo eletrônico. Já a segunda, é o sentimento que tenho por ter que chamar essa pessoa de “colega de profissão”. Justifico o que digo. Sou jovem advogado e em tal condição (de jovem) não posso deixar de me rebelar com certas situações enfrentadas no cotidiano. Afinal, até o Papa está dizendo que o jovem que não se revolta não lhe agrada, não poderia então eu ser diferente. Enquanto advogado, luto, não com rebeldia, mas com amor às causas da Classe, pela preservação das prerrogativas de todos os profissionais que a compõe, por melhores condições de trabalho, para que nós advogados possamos ter orgulho da nossa profissão. Em ambas as condições (de jovem e advogado) vejo os comentários de suposta inatividade da OAB/SC frente aos problemas do processo eletrônico, como um ataque de uma política esquerdista, desmedida, desarrazoada e descomprometida com a verdade e a classe dos advogados. Digo isso porque a OAB/SC não tem poupado esforços para proporcionar aos advogados catarinenses melhores condições de trabalho e acesso ao processo eletrônico. Quem conhece o Dr. José Vitor, sabe que ele não tem poupado esforços nos milhares de cursos lecionados em todo o estado. Sempre abordando de maneira magistral e direta os principais tópicos relacionados ao PJe-JT e SAJ. Mas não é só isso! Foram realizadas audiências públicas consultando aos advogados as providências que deveriam ser tomadas quanto ao PJe-JT e sugestões de melhorias do sistema, o que resultou no pedido de sua suspensão, dirigido ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região. Podia passar aqui o dia citando inúmeros outros exemplos das efetivas medidas tomadas pela OAB/SC quando o assunto é processo eletrônico, no entanto me tornaria enfadonho e certamente não concluiria minha tarefa por falta de tempo. Minha conclusão é que a crítica partiu de quem não acompanha as ações da OAB/SC. Uma pessoa despreocupada, desligada, pouco comprometida com a verdade e alheia às necessidades da classe. Alguém que, ao invés de criticar, deveria estar “arregaçando as mangas” e nos auxiliando na construção de uma política judiciária participativa entre advogados, servidores e magistrado, e não o contrário.
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 18:05:18 +0000
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