Vivemos uma época de modismos descartáveis. Aliás, as modas sempre são descartáveis. Não conseguimos ser nós mesmos, porque somos fantoches da sociedade. Tal comportamento reflete nossa falta de maturidade social e o quanto estamos distantes do autoconhecimento. Todos nós temos desafios a vivenciar, a superar e contamos com a vida em grupo para podermos vencer nossos desafios. É uma Lei Natural a ajuda, o amparo, o auxilio, o despertar do amor, da caridade, dentro de todas as nossas possibilidades. Se o outro tem uma prova a cumprir, nós temos sempre o dever de ajudar na amenização das dores e das dificuldades do próximo, assim como faz, o verme mais insignificante localizado na última reentrância abismal. A natureza ajuda os seres através dos próprios seres. Muitas vezes somos instrumentos da vida para o alívio do sofrimento de outrem. Poderíamos inquirir ao leitor a seguinte interrogação: "É lei da Natureza a desigualdade das condições sociais?". “Não, é obra do homem e não de Deus". As desigualdades de condições sociais desaparecerão quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar no coração do homem. A causa primeira das desigualdades sociais é a ausência de educação moral dos indivíduos que compõem a sociedade. Todos nós somos responsáveis por essa situação, quando deixamos de fazer a nossa parte, na contribuição de educar moralmente aqueles que estão próximos de nós. Então vem a pergunta que não quer calar: Estaríamos hoje, preparados para viver em igualdade social, se fossem divididos igualmente todos os bens do planeta? Não, e acredito que isso nem é possível. Pensar dessa forma seria subestimar a diversidade das faculdades e das características humanas. O que é importante é que nós possamos estabelecer para toda a sociedade condições sociais dignas, ou seja, garantir a todos as necessidades básicas de sobrevivência. Ao analisar a proposta utópica de igualdade social proposta no socialismo de Platão, Thomas Morus, Campanella, Engels, Marx, Lenin, etc, encontraremos contradições que podem nos levar exatamente ao contrário do que se procura, já que, são limitações puramente econômicas das fórmulas e da análise. O homem moderno, de posse do autoconhecimento deve acrescentar outro elemento ao Socialismo, distinguindo-o das outras fórmulas. Esse elemento propõe a modificação moral do homem como ponto básico para a modificação das estruturas sociais. Shakerpeare verbaliza que aquele que não pune a maldade, apóia sua ação. È bem verdade que muitos de nós não nos encontramos em condições de punir o mal, no entanto, a nossa consciência moral pode atuar na ação da auto-censura. Se modificarmos o nosso mundo íntimo estaremos no rumo certo para a construção de uma sociedade mais justa e digna. Vejamos, no vídeo abaixo, como é possível mudar o mundo a partir de pequenos gestos. Mário Portela
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 12:35:12 +0000
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