O atleticano tem, sim, o direito de sonhar com o título mundial. - TopicsExpress



          

O atleticano tem, sim, o direito de sonhar com o título mundial. Se tantos outros sonharam e conseguiram, por que não? Analisando com os olhos de quem vive o futebol há 46 anos, acho muito difícil uma equipe brasileira bater o Bayern de Munique. Mas o torcedor atleticano acredita que os bávaros tenham nada mais do que um time de quadril duro, que não conhece a ginga de Ronaldinho Gaúcho, as pedaladas de Neto Berola, a forma de mandar a bola nas redes de Jô... Confesso que se a final – vale lembrar que tanto brasileiros quanto alemães têm de passar pelas semifinais – fosse contra Milan, Napoli ou Liverpool, eu apostaria no Galo. Em se tratando, porém, do Bayern, base da espetacular Seleção da Alemanha, fico reticente. Nada que impeça, contudo, o próprio Berola de se tornar um Adriano Gabiru alvinegro. Quem não se lembra do gol do armador desbancando o todo-poderoso Barcelona, de R10, para dar o título ao Internacional? O futebol é o único esporte coletivo em que o mais fraco pode vencer o mais forte. E perguntem aos torcedores atleticanos se o Bayern é mais forte. “De jeito nenhum”, dirão. No máximo, o campeão europeu se equipara ao da América. Tudo é festa no ano do Galo. Lembro-me de um jantar com o presidente Alexandre Kalil, em que ele me disse que 13 é Galo e não havia como seu time não ganhar um título importante na temporada. Humilde, sonhou com a Copa do Brasil: como recompensa, ganhou a Libertadores, maior conquista da história do clube. Que cara de sorte! Aliás, sorte nada. Competência, transparência na gestão, contratações pontuais. Kalil já tinha R10, o grande maestro, mas buscou Tardelli de volta, Victor (foto), Jô e por aí afora. Manteve o “pequeno notável” Bernard por saber que precisaria dele para a conquista. E acima de tudo apostou em Cuca, que parece ter nascido para o alvinegro. Depois de sete derrotas consecutivas, o presidente o bancou, e o resultado está aí. Kalil não vai querer deixar escapar a chance de pôr uma imensa placa na Cidade do Galo com os dizeres: “Aqui mora o campeão do mundo!” Sonhar não custa nada, e se ele sonhou com a Copa do Brasil e faturou a competição mais importante da América do Sul, quem sabe a taça de clubes mais importante do planeta não desembarque em 22 ou 23 de dezembro em Vespasiano? Se Galo é 13 e este ano também, seria fantástico para a torcida alvinegra ganhar esse presentaço do Papai Noel. O Bom Velhinho anda em dívida com o time atleticano e talvez queira se redimir em dezembro... Fico imaginando a invasão alvinegra ao Marrocos. As mulheres serão capazes de tirar o véu para sentir de perto o calor dessa Massa. Quem naquele país africano vai deixar de ir ao aeroporto para ver R10? Sim, ele vai estar lá, jogando ou não. É ídolo mundial e tornou-se um dos maiores jogadores da história do clube. Se fosse Kalil, eu convidaria Reinaldo, o maior de todos, Éder, Luizinho, Cerezo, Palhinha, João Leite e tantos outros craques que fizeram a história preta e branca, para ver essa garotada levantar a taça em Marrakesh. O custo da viagem será entendido pela torcida, porque esses caras mereciam ter ganhado o mundo se um tal José Roberto Wright tivesse deixado. Nada contra meu Flamengo, um timaço igualmente forte, mas que aquele cara vestido de preto fez a maior lambança de sua vida no Serra Dourada, não há dúvida. Foi um horror. Até nós, flamenguistas, ficamos indignados naquela noite. Vi o jogo pela TV e confesso que fiquei impressionado com o que aquele moço fez. Simplesmente, destruiu o sonho de um time com arbitragem tendenciosa e venal. Por isso mesmo, acho que aquele time de 1981, injustiçado e massacrado pelo árbitro, deveria ter a chance de ver de pertinho a possibilidade de o Galo erguer a taça do mundo. Garanto que eles se sentiriam tão campeões quanto R10, Tardelli e cia. Pense nisso, presidente! Voltando à Massa, fico imaginando um mercador marroquino querendo trocar sua mercadoria pela camisa alvinegra. Sim, será o primeiro Mundial naquele país, e vocês acham que entre o preto e branco do Galo e o vermelho do Bayern eles vão escolher o quê? Passeios em camelos, compras na praça em que o ouro é baratíssimo e passeios turísticos farão parte do roteiro dessa gente. Imaginem se algum treino do Galo for aberto... O estádio vai receber público de final. Calcula-se que 20 mil atleticanos vão desembarcar no Marrocos. Eu arriscaria até mais. Quem sabe 40 mil? Kalil prometeu que em sua gestão o Galo disputaria títulos e acabaria com esse negócio de figurar em competições. Cumpriu a promessa direitinho. Campeão mineiro, da Libertadores e agora com possibilidade real de ser campeão do mundo, fechando a tríplice coroa. BH vai ficar pequena para receber os heróis. Só espero que a Fifa seja flexível e deixe o clube inscrever Fernandinho, Dátolo, Émerson e quem mais estiver na Cidade do Galo. É justo. Por falar em Fernandinho, nunca dei nada por ele, mas que está jogando direitinho, ah, isso está. Ele não é o substituto de Bernard, mas tem sido eficiente e competente na função que lhe cabe. E cá pra nós, quem tem Victor no gol e R10 no meio-campo não deve se preocupar com Robben, Ribèry e cia. E a torcida alemã pode ser muito boa de cerveja, mas de acreditar no time não sabe nada. Quem acredita mesmo é a alvinegra, e mais que nunca, dia 21 de dezembro, em Marrakesh, o grito vai ecoar por todo o continente africano. “Yes, we CAM”, “I believe!” E se a Massa acredita, quem sou eu para desacreditar. Avante, Galo, vá em busca do seu sonho. No planeta bola tudo é possível.
Posted on: Thu, 24 Oct 2013 03:27:08 +0000

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