Ouço, volta e meia, que a carência afetiva é maior na atualidade e quem afirma isso justifica dizendo que nós, desta geração e desta estação do tempo, somos mais egoístas, egocêntricos e indiferentes ao próximo do que nossos antepassados. Discordo. Ouso dizer, até mesmo, que estamos em vantagem em relação às pessoas que viveram em séculos anteriores, quer dos mais próximos, quer dos remotíssimos. Aqueles não contavam, por exemplo, com os espetaculares recursos de comunicação (computador, internet, celular etc.etc.etc.) que contamos. A possibilidade de contatarmos pessoas que estão, não raro, um continente inteiro distantes de nós, que provavelmente jamais iremos encontrar algum dia, supre, em boa parte, nossas carências afetivas. Vejam o caso das redes sociais, como o Facebook e outras tantas menos conhecidas, em que formamos vastos círculos de “amigos”. Há quem conteste este tipo de amizade, entendendo que sequer mereça tal caracterização. Discordo. Há, de fato, muitos desclassificados, desajustados e mentecaptos que buscam se valer da carência dos incautos para aplicarem golpes de todos os tipos usando esse recurso. Esses idiotas e tarados sempre existiram, com e sem a internet. Vai daí...
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 17:30:12 +0000