Passeio no Rio em 1946 Na época o maiô de duas peças era usado para os banhos terapêuticos de mar e a prática da helioterapia (pegar sol), mas só até a primeira parte da manhã. A cultura de praia ocorre após a popularização da ideia da praia- terapia e das noções de higienização. No Brasil seguimos o modelo europeu, que por vez segue o americano do pós guerra (auge do esporte, adaptações na roupa para as práticas). O biquíni surgiu na França mas foi considerado indecente... No Brasil, até o final de 50 só foi usado por vedetes ou mulheres ousadas, Jânio Quadros tentou proibir seu uso e leis surgiram para ditar regras para o uso da roupa de banho. Em 46 Copacabana ainda estava no auge, glamour estilo Riviera, a aristocracia que antes dava as costas para o mar, agora vive a cosmopolita Copacabana. Ipanema se torna popular entre os anos 60 e 70, palco de tensões entre artistas, intelectuais e o poderio militar. Era do Pier pro bar Veloso, a turminha da bossa nova se encontrava na Vinícius de Moraes. Tinha também o bonde da contracultura, os estilosos da Tropicália, e todo mundo era mais magrinho... Faziam macrobiótica, eram naturalistas...O biquíni vai diminuindo, sai do artesanato e vira marca, choca com Leila, choca com Gabeira. É a história do Rio contada pelo corpo e pela cultura. Vídeo realizado por um turista sueco. Texto: Janara Morenna. — em Rio de Janeiro.
Posted on: Tue, 22 Oct 2013 12:48:01 +0000
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