De acordo como sociólogo Caio Feitosa, a mobilização das famílias, despejadas da comunidade Vida Nova, obteve da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) a concessão de 49 aluguéis sociais, na terça (25/06/2013), com a presença de 70 pessoas da comunidade e apoiadores. Enquanto não se efetivam esses aluguéis, as famílias continuam abrigadas no espaço Sim à Vida do Movimento Saúde Mental Comunitária e na Capela São José, no Marrocos, comunidade vulnerável do Grande Bom Jardim. Desde o dia 5 de junho, o MSMS e a Paróquia de Santa Cecília acolhem 81 famílias, das 110 despejadas de um terreno na avenida Urucutuba, por ação judicial em favor do governo do Estado do Ceará. Algumas famílias estão em casas de familiares, enquanto a comissão de moradores busca soluções do governo. Feitosa lembra que até agora, além dos abrigos provisórios da Igreja e do MSMC e da solidariedade de pessoas e organizações locais,“apenas 40 cestas básicas e 25 colchonetes chegaram para o auxílio dos moradores”. O sociólogo, que juntamente com padre Watson, padre Rino e outras pessoas, acompanham as famílias desde os primeiros dias de despejo, questiona: “Nada de CRAS, Conselho Tutelar ou outra forma de amparo em razão do desastre”, referindo ao despejo. As famílias tem contado com o apoio Paróquia da Igreja de Santa Cecília, do Movimento de Saúde Mental Comunitária, do Centro Herbert de Souza (CDVHS), de uma Comissão de Vereadores, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, da Creche do Moreira Senna, do Escritório de Direitos Humanos Frei Tito e da Defensoria Pública do Estado do Ceará. Em tratativas com a Secretaria das Cidades do Estado do Ceará, com pressão popular, foram asseguradas 110 habitações do Programa Minha Casa Minha Vida, o que só deverá se efetivar daqui a cerca de um ano, como foi comentado em reunião no MSMC, semana passada por pessoas da comunidade. Na tarde do dia 20 de junho, dezenas de membros das famílias despejadas e apoiadores participaram, no auditório da Defensoria Pública do Estado do Ceará, de audiência pública com os defensores Camila Vieira Nunes Moura e José Fonteles da Silveira e representantes do poder público. Ali, foi descrito todo o processo e documentado em ata, incluindo novas as propostas. A ata, está no link abaixo. A coordenadora do Projeto Sim à Vida, do MSMC, participou da audiência.
Posted on: Sat, 29 Jun 2013 03:58:26 +0000