Evangélicos, a ética, a marcha DE Jesus e a marcha dos idiotas - TopicsExpress



          

Evangélicos, a ética, a marcha DE Jesus e a marcha dos idiotas PARA Jesus Às vezes, em minhas reflexões, fico pensando em política, no processo político,no futuro das próximas gerações de nosso país e que Brasil vamos deixar para os que virão depois de nós? E o papel do povo evangélico nesse processo de transformação? Em que eles contribuem para melhorar nosso país? Por que são tão passivos diante de corrupção, ruas esburacadas e tantas outras mazelas que afligem a sociedade brasileira. Tenho certeza que muitos que lerão essas linhas vão achar que foi o diabo que me inspirou. Pobre mortos!... Sei que religião é o instrumento mais importante usado pelos políticos corruptos para manter o povo sob sua dominação, e são justamente eles que mais falam em Deus. Isso é assim em nossos dias como foi assim em todos os tempos: crenças religiosas usadas para dominar. Olhem os faraós, que eram uma “encarnação” dos deuses. Vejam os césares! Não foi a-toa que Marx disse que “religião é o ópio da humanidade”. De fato crenças religiosas anestesia, impede que usemos a cabeça, que pensemos. Na eleição presidencial de 1989, pastores evangélicos, em sua grandessíssima maioria da igreja Assembleia de Deus, sem nenhum escrúpulo, espalhavam entre seus fieis que se o então candidato Lula fosse eleito Presidente da República fecharia as igrejas evangélicas. Diziam que Fernando Collor de Melo, adversário de Lula naquela eleição, era o “ungido do Senhor”. Pasmem!!! Espalharam que se a então candidata Dilma Roussef fosse eleita em 2010 criaria no Brasil um “império da iniquidade”. Eles nunca jogam limpo! Até quando eles vão continuar mentindo para seus fieis e até quando seus fieis vão continuar acreditando? Vamos esperar as próximas eleições presidenciais para ver o que vão inventar contra o próximo candidato preterido por eles... Será que honestidade, ética, princípios republicanos não fazem parte do dicionário desses evangélicos. Tantos dos políticos quanto dos seus eleitores, anestesiados e incapaz de conviver em uma sociedade diversificada. Enganam seu povo com um discurso de duas teclas, aborto e casamento gay. Elegem-se e depois não justificam suas existências políticas. No caso do aborto nossa legislação só o permite em duas situações: Quando a gravidez for proveniente de estupro ou quando representar risco para a vida da mulher (Código Penal, art. 128). Por um entendimento do Supremo Tribunal Federal, também passou a ser permitido no caso de feto comprovadamente sem cérebro, já que, indiretamente, a continuidade da gravidez representa risco para a grávida e o futuro bebê não sobreviveria. Pois bem, os políticos evangélicos, por causa desse entendimento de nossa Corte Maior, apresentaram a PEC 33, que tem por objetivo calar nosso STF. Pasme!!! Sem um judiciário independente seria o fim de nossa democracia. Com relação à famigerada PEC 37, que tinha por finalidade calar o Ministério Público, os deputados pernambucanos Pastor Vilalba e pastor Eurico se pronunciado favoravelmente. Aquele ainda teve a hombridade de se pronunciar desde o início. Mas este, pastor Eurico, mudou seu voto quando ele não fazia mais diferença, pois a PEC já havia sido derrubada. André Ferreira, também eleito pelo voto do curral, pelo voto de cabresto, ao ser questionado por um jornalista sobre o assunto, simplesmente disse “tenho coisas mais importantes para me preocupar”. O que ele tem de mais importante para se preocupar, como relator da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, é com a tal cura gay. Vejam só a qualidade de gente que esse povo elege! E o pior é que, mesmo diante do clamor das ruas, o Sr. André Ferreira ainda reapresentou o tal projeto apelidado de cura gay. Foi rejeitado pelo presidente da Câmara porque todo projeto de lei rejeitado só poderá voltar a ser apresentado em outra sessão legislativa, ou seja, no semestre seguinte (Const. Federal art.67). Será que esse deputado não conhece o elementar do processo legislativo nacional? Será que o povo evangélico está esquecido do escândalo de desvios de verbas do Ministério da Saúde, chamado de Escândalo dos Sanguessugas, há cerca de dez anos, e que quase a totalidade dos deputados e senadores evangélicos estava envolvida nessa roubalheira? Meu Deus, esse povo ainda não parou prá pensar que religião e política não devem se misturar? E as cruzadas “evangelísticas” que se proliferam a cada eleição de vereadores e prefeitos? Será que pensam? Eu sei que crenças religiosas anestesia as mentes. Impede que pensemos. Mas chega a ser absurdo tamanha ignorância! Enquanto milhões de brasileiros vão às ruas contra a corrupção, outros milhões fazem a passeata dos idiotas PARA Jesus. Gritam que só Jesus dá jeito, como se o Mestre fosse o culpado de nossa falta de politização, de nossa falta de gosto pela leitura, pela informação. Os políticos corruptos ficam nos camarotes aplaudindo esse tipo de passeata. É isso mesmo! Religião tem mais força para dominar do que exércitos. E Jesus, se estivesse fisicamente entre nós, será que ele estaria participando dessa marcha dos idiotas PARA Jesus? Claro que não! A marcha DE Jesus é outra. A marcha DE Jesus é a marcha contra a opressão, contra a corrupção, contra a sede de poder, contra as mordomias, pela justiça (Mat. 5:6,10), contra a hipocrisia religiosa. Bom não esquecer que todas as críticas de Jesus contida nos quatro evangelhos foram dirigidas a religiosos. “Ai de vós, fariseus, ai de vós doutores do templo”. Ou, se preferirem a linguagem de hoje: ai de vós pastores, ai de vós diáconos... O evangelho de Jesus não é opressor, enganador, mentiroso, mas sim libertador, contrário a opressão, a mentira. Há aproximadamente 20 anos morreu um pastor de uma grande igreja evangélica em Jaboatão. Para substituí-lo foi uma guerra pelo poder, pelo dinheiro, que a única coisa que não saiu foi tiros de arma de fogo dada à ganância. É o mesmo que está acontecendo atualmente na administração nacional da Assembleia de Deus. Faz até medo de uma guerra civil!!! O seu líder maior, pastor José Wellington, já disse que dividiria a igreja ao meio se não fosse atendido em suas pretensões. Já o pastor Silas Malafaia chamou a então candidata a presidência, Marina Silva, de crente dissimulada simplesmente porque ela defendia que questões polêmicas, como o aborto, fosse decidida pela população, por meio de plebiscito. Nada mais democrático! A sede de poder, pelo dinheiro, que me refiro neste parágrafo, claro, não é exclusividade de evangélicos. Onde há ser humano há possibilidade de corrupção. Simplesmente abordei esse assunto para que as pessoas questionem que credibilidade essas pessoas tem para influenciar tantos em política. Esses mesmos pastores, entre tantos outros, diziam que Lula fecharia as igrejas evangélicas, que Dilma criaria um império de iniquidade. Que credibilidade tem essas pessoas, gente? Acorda, povo evangélico!!!. Saiam dessa letargia! Até onde se sabe Marina Silva é uma pessoa de reputação ilibada. Nunca misturou religião com política. Quando é chamada para fazer parte da Bancada Evangélica do Congresso Nacional ela simplesmente diz que “quem precisa de representação é o povo brasileiro como um todo e não os evangélicos”. Ela foge dessa Bancada Evangélica que nem o diabo foge da cruz. Ela sabe quem são esses pastores...O falecido Leonel Brizola, há mais de 20 anos, já dizia “esses pastores são adoradores do bezerro de ouro” . Senhores pastores e quem os elege, imitem o pastor batista norte-americano Martin Luter King. Esse sim era um idealista que lutou não apenas pelos negros, mas também por uma sociedade mais justa. A mistura religião e política é mais explosiva do que uma bomba atômica. Não é por acaso que em vários países cristãos de várias denominações, mulçumanos, entre outros crentes de vários outros credos vivem se digladiando pelo poder e para impor sua fé. Bom não esquecer que apenas há menos de 20 anos foi que católicos e protestantes assinaram um acordo de paz na Irlanda do Norte, depois de banhos de sangue derramados pelos seus grupos terroristas. É também bom lembrar que esse país não está localizado na pobre atrasada África, mas sim em pleno coração do continente europeu. Atualmente o Egito se encontra em uma grande convulsão social. Passou 32 anos sob a ditadura de Osnir Mubarak, que sucedeu Annuar Sadat, assassinado por religiosos. Nesses 32 anos de ditadura, a maioria da população egípcia, jovens com menos de 35 anos em sua grande maioria, sempre viveu com a separação entre Igreja e Estado. Cientes do perigo que representa essa união eles foram às ruas contra Mohamed Mursi, que ao assumir o governo, após eleito democraticamente, deu início a perigosa simbiose entre religião e política. Incentivava o uso de véus pelas mulheres, tentou impor dogmas religiosos às pessoas, fez acordo com a tenebrosa entidade religiosa e política Irmandade Mulçumana. Foi o bastante. O povo foi às ruas e disse não. Os militares ouviram a voz do povo. Meu voto é que nós brasileiros continuemos lutando por melhores serviços públicos, contra a corrupção, contra nossas mazelas sociais. Espero que as próximas gerações não tenham que lutar por democracia e contra tiranias religiosas, contra irmandades evangélicas, ou melhor, contra a Irmandade Muçulmana. Que sirva de reflexão. Finalizando, cito um jornalista francês, que não me recordo o nome, e que é correspondente do jornal francês Le Monde aqui no Brasil. Analisando aquele período em que a Presidenta Dilma demitia seis ministros acusados de corrupção, disse ele: “Que país é esse que junta milhões em uma passeata religiosa (evangélica), outros milhões em uma passeata gay, alguns milhares pela descriminalização da maconha, e não junta ninguém contra a corrupção”. Senti-me envergonhado quando li isso. EVANGÉLICOS vivos, que pensam, não me referi a vocês, mas sim àqueles mortos politicamente. Que Deus ilumine a todos.
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 13:12:39 +0000

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