PARÁBOLA DO ORIENTE... Conta a parábola que um viajante - TopicsExpress



          

PARÁBOLA DO ORIENTE... Conta a parábola que um viajante procurou abrigar-se de uma tempestade numa casa que lhe pareceu a mais apresentável numa distante cidade do Oriente. Foi muito bem recebido pelo dono da casa, mas logo sentiu uma pontada de frustração ao perceber que a casa era inteiramente vazia: nenhum móvel, cadeira, mesa, nada. Sentado no chão, depois de descansar alguns minutos, nosso viajante não se conteve e comentou: - Agradeço muito sua hospitalidade, mas permita-me uma observação. Como o senhor consegue viver numa casa totalmente desguarnecida de móveis, quadros, eletrodomésticos – enfim, do conforto ao qual estamos todos habituados? O anfitrião não pareceu aborrecer-se com a observação do viajante – apenas retrucou: - Por acaso o senhor está trazendo consigo esses bens confortáveis que citou? - Eu? Eu, não! Mas eu estou aqui de passagem! Calmamente o anfitrião respondeu: - Eu também, meu amigo, eu também. O que acho legal nessa parábola é a maneira simples e direta pela qual ela nos mostra a futilidade do apego aos símbolos materiais, tão comum na nossa sociedade atual, em que a aparência, a ostentação e os bens financeiros têm sido critérios de avaliação mais importantes que caráter, bondade, moral e educação – para citar apenas alguns exemplos. A futilidade desse apego fica mais evidente na parábola quando somos levados a refletir que estamos todos aqui na Terra de passagem e nenhuma daquelas riquezas é aproveitável para além desta vida. A interpretação dessa analogia é óbvia: todo poder, por maior que seja e independente da sua natureza e forma, é efêmero e passageiro. Deslumbrar-se ou deixar-se embriagar pelas aparências ou pelos valores materiais das coisas é no mínimo mostrar indiferença aos valores realmente essenciais para a dignidade, a paz e a felicidade da raça humana nesta viagem transitória.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 14:11:20 +0000

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