Pra quem não interessa! Pra quem foi aparelhado por um DAS gordo, - TopicsExpress



          

Pra quem não interessa! Pra quem foi aparelhado por um DAS gordo, uma Chefia Turbinada propiciada pelo partido no poder! Pra quem foi aliciado pelo programa eleiçoeiro do Bolsa Família, e nesse momento tá de pança cheia, pois acabou de matar, embora de forma momentânea a fome da barriga. Pra quem não tem outra aspiração digna na vida, que não seja tietar ou puxar o saco de político safado e corrupto. Entretanto, essa manobra adotada no leilão recente do campo de Libra não é novidade pra quem acompanha a nossa história apodrecida dos últimos anos. Pois bem, a Light era uma companhia inglesa que lidava na produção e distribuição de energia elétrica no País. Nesses termos, e como sempre ocorre havia uma cláusula (senão, a própria caducidade da concessão em ONZE anos), segundo conta (pois não vi o contrato), que após determinado período a companhia (ao término de ONZE anos) passaria para o governo brasileiro, naturalmente, normalmente, sem qualquer gasto adicional em termos de dinheiro, Foi ai, no entanto, que os predadores entraram em campo, e o governo federal adquiriu a Light (em plena ditadura Oficial mais recente), ONZE anos antes da mesma voltar a pertencer ao País, e por uma vultosa soma de U$ 1,215 milhões (os predadores de sempre encheram os bolsos por vias das dúvidas, senão por tradição). Posteriormente, ou seja, em 1998, sob o clima de privatização insano capitaneado pelo arrogante e intolerante ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a Light, assim como todo setor energético, telefônico, bancário e a Vale do Rio Doce foram imolados irresponsavelmente através das bênçãos desse governo e a vontade de se vender o País. O papel da The São Paulo Light & Power na história da industrialização da cidade é cercado de polêmica. Para uns, foi fundamental para o desenvolvimento econômico de São Paulo, fornecendo energia elétrica para um parque industrial que se desenvolvia com velocidade não superada em qualquer parte do mundo. Citam as impressionantes obras de engenharia, as represas Guarapiranga e Billings (nome de um engenheiro da Light), que armazenavam a água do rio Pinheiros, cujo curso foi revertido, passando a correr não para o rio Tietê, mas para o mar, através da gigantesca tubulação que desce a serra do Mar e alimenta a usina Henry Borden (ex-chairman da Brazilian Traction, controladora da Light - atual Brascan). Outros apontam os efeitos perniciosos do monopólio exercido pela empresa, tida como precursora do lobby político no Brasil, os métodos nada éticos com que sufocou a pouca concorrência antes da consolidação desse monopólio. Citam como exemplo a Companhia Viação Paulista, de bondes puxados a burros, liquidada em janeiro de 1900, logo após a chegada da Light. Ou a disputa com a Companhia Água e Luz, que em 1909 oferecia preços três vezes menores que os cobrados pela Light, caso a lei que garantia a livre concorrência fosse respeitada - o que a Câmara municipal desconsiderou, garantindo à Light o monopólio dos serviços de eletricidade. Por esses e outros motivos a companhia era chamada ironicamente de São Paulo Light & Too Much Power nos cartuns do personagem Juca Pato, a criação memorável de Belmonte. A The São Paulo Light & Power foi criada em Toronto por carta-patente da rainha Vitória da Inglaterra em 7 de abril de 1.899, e autorizada a funcionar no Brasil no mesmo ano pelo presidente Campos Salles. Foi constituída por um grupo de capitalistas canadenses, liderados pelo americano Frederick Starck Pearson, o verdadeiro mentor da empresa. Pearson havia comprado do italiano Francisco Gualco e de Antônio Augusto de Souza a concessão para implantar o serviço de bondes elétricos e fornecer energia elétrica à cidade - concessão essa que havia sido obtida da Câmara Municipal. Em 1901, é inaugurada a primeira Usina Elétrica da Light - a de Parnaíba. Antes disso, em 7 de maio de 1900, começou a circular o primeiro bonde elétrico da cidade. A partir de então, a Light cresce a reboque da fantástica explosão industrial em São Paulo. Em 1.900, havia 165 indústrias na cidade. Vinte anos depois, passaram para 4.415. Em 1914 Frederick Pearson morreu no afundamento do navio Lusitânia, e a direção da Light passou para Alexander (Alexandre) Mackenzie. Pearson também havia sido o presidente de diversas empresas coligadas, como a Rio de Janeiro Light & Power, a Mexican Tramway, a Mexican Light & Power, a São Paulo Electric Co (que atendia a região da Sorocabana), a Barcelona Traction, a San Antônio Land & Development, e várias outras. Em 1943 a Light foi objeto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que apontou uma série de irregularidades e abusos cometidos pela companhia, entre os quais: sabotagem da construção da usina de Salto no rio Parnaíba; manobras no sentido de obter decretos-leis do governo que eximissem a empresa do cumprimento de obrigações legais; influência ou pressão sobre funcionários encarregados do andamento de processos administrativos necessários à execução de obrigações da empresa, entre outros. Já nesta época, a empresa havia se desinteressado totalmente de investir na manutenção e ampliação do sistema de transportes públicos, e na geração de energia elétrica, concentrando-se na rentável atividade de distribuição. Em 1947 a concessão do serviço de bondes passou para o poder público, através da CMTC. Já no setor elétrico a coisa foi mais complicada. A falta de investimentos da Light levou a uma gravíssima crise energética no início dos anos 50. A sociedade mais e mais foi se voltando contra o monopólio da energia elétrica, ainda mais nas mãos de uma empresa estrangeira. Isso levou à criação de diversas empresas de energia elétrica estaduais (como a CESP em São Paulo) e federais (reunidas na Eletrobrás em 1962). Setores nacionalistas faziam pressão para que fosse declarada a caducidade da concessão da Light, e que fosse encampada pelo governo. Em 1979 a Light foi comprada pelo Governo Federal pela quantia de 1 bilhão 215 milhões de dólares (valores da época), apesar de faltarem apenas onze anos para o término da concessão. Em 1981 foi transferida para o controle do governo estadual e passou a se chamar Eletropaulo (coincidentemente, o então governador se chamava... Paulo Maluf). Em 1998, menos de vinte anos após a sua estatização, a empresa foi reprivatizada - por 1,8 bilhão de dólares - menos do que o governo pagou pela empresa em 1979, em valores atualizados. Desse 1,8 bilhão, 1 bilhão e 200 milhões foram emprestados pelo BNDES. As últimas notícias dão conta que a controladora da Eletropaulo, a empresa americana AES atravessa grave crise, e recebeu novos empréstimos vultosos do BNDES. O campo de Libra é um capítulo a mais nessa autêntica via crucis, na qual um magote de predadores ávidos, em nome de conceitos inócuos dilapidaram o País. AMÉM! José Pereira Gondim é uma pessoa farta de tanta idiotice, de tamanha vagabundagem, e autor das trilogias: A Forja do Cinismo e Jesus e o Cristianismo (a venda em algumas livrarias do País), onde esse e outros temas conflitantes são tratados com responsabilidade, mas, sem eufemismos.
Posted on: Fri, 15 Nov 2013 21:11:35 +0000

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