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Presidente da AMB contesta a capacidade de formação oferecida no curso do Mais Médicos O curso a que serão submetidos os médicos estrangeiros para confirmar sua permanência no programa brasileiro Mais Médicos é suficiente para garantir o bom atendimento à população? SIM - A falta de médicos no País é comprovada. O Brasil possui 1,8 médicos para cada mil habitantes. No Ceará, esse número cai para apenas um profissional. Quando voltamos o olhar para as cidades do Interior, esse número tende a diminuir ainda mais. O Programa Mais Médicos chega justamente para suprir esta carência. Por entendermos que, apesar dos intensos esforços, estes não são suficientes para resolverem sozinhos tal problema, nós, gestores, apoiamos incondicionalmente a iniciativa do Governo Federal e a consequente inserção de profissionais estrangeiros em unidades de saúde do Brasil. A vinda de médicos estrangeiros é a oportunidade que temos de colocar profissionais nos municípios onde os médicos brasileiros não estão presentes. Afinal, a população precisa ter o direito à saúde assegurado, independente da nacionalidade do profissional. Para assegurar a resolutividade esperada, os estrangeiros já estão em processo de capacitação em saúde pública brasileira e língua estrangeira. Com 120 horas de aulas expositivas, oficinas e simulações de consultas, médicos de outros países, a partir de aprovação na avaliação que será aplicada no final do curso, estarão aptos a iniciar o trabalho nos municípios a partir da segunda quinzena de setembro. A preocupação de proporcionar aos médicos estrangeiros o contato com as especificidades do local que vai trabalhar nos tranquiliza quanto às dificuldades que podem existir no atendimento por conta das diferenças culturais. Diante disso, temos a convicção da melhoria da assistência à população que, consequentemente, ganhará qualidade de vida com o trabalho que será desempenhado pelos profissionais brasileiros e de outros países. Precisamos compreender que o Mais Médicos é o início de mudanças na Atenção Básica. É a possibilidade de traçar um novo caminho no atendimento às necessidades da população. Entendendo que é só o começo, muitos benefícios com o apoio e o trabalho dos médicos brasileiros e estrangeiros ainda estão por vir. "A preocupação de proporcionar aos médicos o contato com as especificidades nos tranquiliza" - Wilames Freire Bezerra, Presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/CE) e diretor no Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde NÃO - Em treinamento de três semanas, torna-se difícil médico não brasileiro, que não fala português, formado fora do Brasil, conseguir absorver conhecimentos necessários sobre o funcionamento do SUS, a legislação médica brasileira, código de ética e domínio da língua. É possível que não tenhamos, neste tempo, uma avaliação precisa se esses profissionais têm conhecimentos, habilidades e atitudes para cuidar de nossos pacientes. Não selecionar adequadamente, pode-se ter déficit na qualidade. Isso demonstra quão caótica está a situação da saúde pública no Brasil, para que o governo brasileiro faça algo de forma tão desorganizada, colocando em risco a saúde do nosso povo, especialmente o mais pobre e carente, que já sofre sadio pela miséria. Os médicos estrangeiros são bem vindos para trabalhar no Brasil; porém, para segurança dos pacientes, seria importante ter diplomas revalidados assim como aprovados em teste de proficiência em português. É fundamental que esses médicos conheçam em detalhes os recursos da atenção básica, inclusive medicamentos, que são oferecidos pelo governo. O que precisamos é colocar os médicos em condições adequadas para atender a população inteira. Temos cidades com quatro, cinco ou mais médicos por 1.000 habitantes e, mesmo assim, falta acesso. O exemplo mais gritante são as emergências superlotadas, com pacientes que já passaram pelos médicos, mas não conseguem fazer exames básicos nem ter cirurgias que precisam. O governo deveria abraçar a causa da saúde de maneira séria e competente, o que não tem feito. Fala-se muito de quantidade. Queremos qualidade na quantidade suficiente, pois melhorias na saúde ocorrem, obrigatoriamente, por meio do acesso rápido e com qualidade. "É possível que não tenhamos, neste tempo, avaliação precisa se eles têm conhecimentos para cuidar dos pacientes" - Florentino Cardoso, Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)
Posted on: Wed, 04 Sep 2013 10:42:54 +0000

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