REFLEXÃO As lembranças são uma forma de tirar partido do - TopicsExpress



          

REFLEXÃO As lembranças são uma forma de tirar partido do passado e aprender ainda que não saibamos qual a lição. No entanto pretender esquecer é uma falsidade que todos conhecemos e uma luta inglória. Nunca se esquece nada! Simplesmente acomodamos o passado num lugar qualquer dos sentimentos e passamos à frente até que a dor seja menor e a liberdade de um sorriso volte a acalentar o nosso rosto. Não vale a pena acreditar no que já desacreditamos. O valor nominal de cada um é o que é. As pessoas não se modificam, simplesmente aprendem a diferençar entre o que tinham e o que têm e a tirar ilações dessas comparações. Quando concluem que a situação anterior era um pouco melhor esforçam-se por conseguir o que perderam, convictos da imbecilidade do outro elemento. Contudo os valores do outro continuam iguais excepto na aprendizagem que a vida também lhe proporcionou. A maior parte das vezes só damos conta do que perdemos depois de termos perdido. São estas as lições. A pior situação nem é o facto de se ter perdido algo mas sim as escolhas que se fizeram na altura. Podemos alterar sempre o nosso caminho, ganhar novos valores, pensar e agir de outra forma, não temos é o direito de mentir, enganar, fazer sofrer os outros e passar ao lado com um sorriso como se nada fosse. É esse desprezo, esse desinteresse pelo valor elementar do ser humano - a sua dignidade - que provoca a desistência daquilo que outrora lhe fez lutar em prol da felicidade. Então começa-se a questionar tudo. É grave concluir que desde o princípio tudo o que acreditámos não passou de uma enorme mentira forjada para se aproveitarem do que tínhamos de melhor. O que mais dói não é a desistência, mas vermos um sonho transformado em coisa nenhuma. Um sonho que acreditámos ser uma caminho; a aposta numa vida diferente primada pela alegria e pela felicidade. Mais triste ainda quando concluímos que nada valeu a pena. Para além da mentira apenas o nosso sonambulismo em nos recusarmos a acreditar na realidade objectiva que se desenhava diante dos nossos olhos mas que o sonho ou a promessa de felicidade nos vendavam a vista. Um dia, quando acordamos, porque o sonhador acorda sempre um dia, olhamos para o passado e vemos cactos quando criamos que eram flores. O que mais dói então é o desmoronamento do sonho e a falsidade de tudo quanto nos foi prometido ou nos fizeram acreditar. Não precisamos de crer eternamente na ilusão, nem nos agarrarmos cegamente ao materialismo. São valores susceptíveis de discussão. Nem o meio termo entre uma coisa e outra. Devemos sim encontrar o equilíbrio dentro de nós e ele é conseguido quando nos valorizamos, quando acreditamos em nós, quando concluímos que quem espezinhou a nossa auto-estima não nos merecia. Quem entende que a sua própria felicidade se resume à contribuição da infelicidade de outro é alguém de quem nos devemos afastar. O fundamental nas relações humanas é o respeito. Se ele não existiu no passado, não existirá no presente. Quer seja cônjuge, namorado, amigo, familiar... Não importa qual o grau de afinidade. Criticarmos uma atitude é saudável. Visa a critica melhorar alguns aspectos em relação ao outro. Criticarmos com o objectivo de colhermos benefícios próprios amesquinhando a outra pessoa, é maldade. Manifestar desinteresse para com os sentimentos da outra pessoa é desprezo. Quem usa tais atributos - maldade, desprezo e mentira - não é digno de partilhar a vida com quem ama, seja qual for a forma de amor. Por isso, amigos e amigas, se viverem uma relação com alguém, independentemente da afinidade familiar ou não, que vos amesquinhe e contribua para a degeneração do vosso EU, apenas posso aconselhar: Afastai-vos rapidamente dessa ou dessas pessoas. Quanto mais tempo durar esse relacionamento maior será o vosso sofrimento. Nunca deveis esquecer que todos devemos ser felizes e que quando não o somos então resta-nos procurar quem nos preencha. Manter a infelicidade acreditando continuamente que amanhã será melhor que ontem é loucura. Nunca esqueçam: Uma boa relação pressupõe o respeito entre ambos, o espírito de entreajuda, a verdade e sobretudo a conclusão de que ambos os caminhos e as vontades em relação ao futuro são comuns. Se nada disto existir, então não vale a pena. Desculpas e promessas são uma banalidade que visa apenas chamar a atenção sobre a pessoa num tentativa desgastada de demonstrar valores que não teve e não terá. Acreditar que as pessoas ganharam novos valores e que as desculpas e as promessas correspondem a novos valores adquiridos pela reflexão é utópico, é voltar a crer na mesma mentira, a acreditar na mesma falsidade, a fingir que nada aconteceu quando nos sentimos humilhados e desprezados por pura maldade. Reflictam sobre isto e analisem as vossas relações. Fundamentalmente sejam felizes. António Casado
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 10:33:51 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015