Sheik e Fluminense: saída envolve mulheres, tiros e até - TopicsExpress



          

Sheik e Fluminense: saída envolve mulheres, tiros e até autógrafo em camisa do Flamengo. No justo momento em que era para tirar o pé do freio do bonde, como herói corintiano da Copa Libertadores com os dois gols sobre o Boca Juniors, Emerson Sheik deu marcha à ré na história e reativou a polêmica saída do Fluminense. Uma rescisão contratual turbulenta em 2011, recheada de disse-me-disse, que envolve mulheres, meias verdades, algumas mentiras, flagra de autógrafo numa camisa rubro-negra no estacionamento do clube, desrespeito à hierarquia, tiros de chumbinho no quarto de um hotel em Montevidéu, a patota de Fred, inabilidade da diretoria... Uma cronologia de fatos que pôs Sheik fora das Laranjeiras e dentro do Parque São Jorge. Logo no início de 2011, na preparação para a Libertadores, Emerson é flagrado assinando uma camisa do Flamengo dentro de seu carro nas Laranjeiras. Um segurança leva o caso à diretoria. O então vice de futebol Alcides Antunes cobra do atacante e o aconselha a tomar cuidado para evitar desgaste. E ouve: "Vai ficar me enchendo? Fiz o gol do título brasileiro e vão ficar me perturbando com isso?" Alcides não foi encontrado para comentar. No convívio, dia a dia, a relação entre Sheik e Fred desanda. O motivo: fora de campo, o camisa 9 fisgou duas mulheres que, antes, passaram pelas mãos do Sheik. Essa tabelinha da dupla de ataque se tornou uma canelada. — Não tenho tempo a perder — afirma Fred. O Fluminense, logo depois, reformula a diretoria. O presidente Peter Siemsen, certa vez, ouve desaforo de Emerson no vestiário, mas prefere a harmonia. Recém-empossado no comando do futebol, Mário Bittencourt intervém. Parecendo não gostar do então técnico Enderson Moreira, Emerson surge numa preleção de óculos escuros, senta de lado e posta no Twitter: "O circo está armado". Até que, no dia 4 de abril, já em Montevidéu, Sheik e um grupo de jogadores — Edinho, Rafael Moura, Marquinho... — deixam a concentração e vão ao shopping Punta Carretas. Lá compram réplicas de fuzis e pistolas de chumbinho, e as testam nas portas do quarto e do armário. No dia seguinte, com a denúncia do hotel, a diretoria informa que Emerson seria descontado no salário. Ele não se incomoda. Na volta, o "arsenal", colocado numa bolsa, é apreendido no aeroporto. Duas semanas depois, antes do jogo contra o Argentinos Juniors, na ida para o treino em Buenos Aires, comissão técnica e diretoria ficam no primeiro andar do ônibus e os jogadores, no segundo. Na batucada, Sheik canta "Grades do Coração", do grupo Revelação. E emenda: "Pô, vou a baile funk e não tem um do Fluminense. Só do Flamengo. É o bonde, é o bonde, é o bonde do Mengão sem freio...". Silêncio no ônibus. No andar debaixo, Peter Siemsen custa a crer. E ouve o remendo: "Pode ser: é o Fluzão a jato, e o bonde do Mengão sem freio.." Em meio a dúvidas, jogadores confirmam o acontecimento à direção. No hotel, Emerson é enquadrado: "Ih, o que houve? Não pode cantar funk no ônibus? Nem Flamengo eu sou. Fiz o gol do título. A torcida vai ficar p... com vocês. Me chamaram para isso? Outros participaram." Ao sustentar da participação de outros, a ala dos descontentes cresce contra Emerson. Procurado, Mário Bittencourt não quis comentar o caso por se "tratar de passado". No fim, Sheik dá adeus às Laranjeiras e vai fazer parte da história do Corinthians como herói da Libertadores.
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 12:29:12 +0000

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