com a invasão do estado repressor no cocó para atender as - TopicsExpress



          

com a invasão do estado repressor no cocó para atender as exigências do capital, reitero o que escrevi terça-feira numa discussão com os ocupantes do cocó após a visita do cid gomes ao acampamento: 1. quem esteve "contra" o cid gomes durante as manifestações, e diz ainda estar, além de dialogar com ele, implora, como é possível ver no término da transmissão, para que ele converse com o roberto cláudio no sentido de abrir mais um canal de diálogo. 2. o estado é repressor cotidianamente. quem esteve ao lado dos vetim do dias macedo, da serrinha, etc durante as manifestações pôde ver isso claramente na investida deles contra a polícia. digo do divertimento ao cheirar gás sem problema algum e jogar pedra dançando. eles tanto convivem como sabem da repressão iminente. por isso, em junho, souberam, como diz alison, "fazer o certo", ou como walter benjamin no seu texto "o caráter destrutivo", onde diz "o carácter destrutivo está na linha da frente dos tradicionalistas. alguns transmitem as coisas tornando-as intocáveis e conservando-as, outros as situações, tornando-as manejáveis e liquidando-as. estes são os chamados destrutivos." alison, de 15 anos, registrado em um video, é um destrutivo ao associar o certo a queimar onimu e quebrar as coisas. em suma: alison é junho. algo que os pelegos partidários jamais irão entender nessa estrutura do programa que almeja manejar a máquina estatal. aliás, os partidos sempre estão na guarda da retaguarda durante os confrontos. daí que a pergunta do gustavo mineiro (estagiário do psol), tida como a pergunta mais importante da transmissão, é meramente imbecil: "você garantirá que não haja repressão aqui?". óbvio que não! na verdade, a repressão está pulsante a todo momento. veja o passado recente e não só isso, veja o cotidiano de quem está à margem do próprio estado. na verdade, para esses marginalizados tudo é mais claro ainda. 5. sei bem quem são as pessoas que estão aí. tanto antes das manifestações, como durante, e depois (espero continuar sabendo). o próprio gustavo mineiro (aspirante a ter cargo no estado pelo psol) impediu as grades do palácio da abolição de serem tiradas. isso já foi dito em assembléia, inclusive, na cara do dito cujo. alguém assim, óbvio, é capaz de sentar ao lado do governador. 6. esse cocó está tomado como propriedade privada no sentido rousseauniano de “o verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado o terreno lembrou-se de dizer “isto é meu” e encontrou pessoas suficientemente ingênuas para acreditá-lo”. adendo ao crítica radical que, desesperado, busca criar um novo nome no meio da lama sem se melar. tá quase um psol. a diferença é que, embora seja uma viuvice dos tempos da ex-prefeita maria luíza, não se elegem. 7. a questão do cocó está tão centrada quanto centralizadora, solipsista, e infantilmente se propõe a questionar mobilidade urbana, mas sequer dialoga, por exemplo, com a urgente situação dos moradores do vlt. a isso não preciso tecer nenhuma linha a mais porque é clara a sintomática neurótica de "isso é meu!", e ponto. 8. cid gomes disse aos que ocupam o cocó: "eu respeito vocês". sabe por que acho que ele não está mentindo? porque os ocupantes, ora ilegais, ora não, estão reivindicando a justiça do estado; a justiça, como chamam, burguesa (aquela que na aparência dizem ser contra, e na realidade desejam conquistar). é justamente a mesma justiça que o cid gomes está envolvido. embora o governador não concorde com a legalização do cocó e queira o viaduto, ele sabe que vocês param aí: na justiça do estado. o que resta então é a troca de forças de interesses partidários que o governador participa. esses interesses, no entanto, não estão apenas no cocó. desde o primeiro dia de manifestação alguns partidos da esquerda tradicional não queriam ir ao marina park, não queriam ir às ruas, e sim sentar numa praça pra discutir pautas. daí que para esta esquerda o restante dos dias se seguiram assim, na conquista de forças visando o bom rosto, e não à toa estão no ambiente natural do cocó, com esse único foco. sobre este foco, a mim é claro que para fins partidários o pulmão da cidade comove a opinião pública mais do que aquelas comunidades do vlt que sequer aparecem e apareceram durante mais de 3 anos de luta e resistência. aliás, que fiquem aí no cocó mesmo, apenas com este foco, visto que o histórico de muitos lá não passa de neutralizar ações diretas sem abrir os espaços em nome de uma estratégia que mês passado não se via aqui; quando, do contrário, em outros estados vemos ainda ocorrer. 9. quem dialogou com cid gomes, o estado, o capital, é não só pelego, como inimigo.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 13:04:56 +0000

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