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CARÍSSIMOS AMIGOS, LEITORES E AMANTES DESTA PÁGINA – SÉRIE MINHAS REFLEXÕES - ADEMÁRIO ALVES. POR ADEMÁRIO ALVES ELEIÇÕES 2014: DA APELAÇÃO À ONDA DE INAUGURAÇÕES DOS POLÍTICOS OBREIROS I Ademário Alves Poderia ouvir de um politico obreiro, internado em um manicômio, por conta do roubo que fez aos cofres públicos: - Quero inaugurar uma obra. Obra. Obra. Obra. Inauguração, inauguração. Inauguração! Obras, obras, obras, obras. Todo suado, ele acordaria à noite, tendo convulsões gritando com a voz meio fanha. – obras, obras, obras, obras. É essa a saga de políticos obreiros. E é a nossa chaga. Aquela que se arrasta e se carrega por conta da vulgaridade da máquina administrativa, do casuísmo e da banalização das obras públicas. Não é que não seja importante inaugurar uma escola, um hospital, uma rodovia e uma obra de infraestrutura. Não é isso. Mas aquela correia por inaugurar tudo sem qualquer pudor. Sem qualquer senso de ridículo. É isso que os políticos obreiros fazem com as suas máfias que lhes dão sustentação. É muito dinheiro sendo gasto irresponsavelmente. É muita grana sendo destinada aos concessionários, que se comportam como donos, de concessões de rádio e tv, conseguidos no regime militar. Ilegítimas e ilegais. É comum em tempos pré-eleitorais deparar-se com um noticiário politico insistentemente apelativo. A meta é a mesma: a eleição de 2014. Todavia, os partidos políticos, que mais parecem facções, os grupos políticos endinheirados, as facções politicas de direita e de esquerda (ou melhor, falsa esquerda!), os cabos eleitorais e as dezenas de elementos comissionados, nas mais variadas fatias da máquina pública, já estão em campanha para as eleições gerais de 2014. Nesse sentido, eles estão a mostrar o que fizeram ou o que não fizeram. Depende do ponto de vista. Virou loucura! 2014! 2014! 2014! Não sai da mente deles. 2014 é a obsessão. É o remédio controlado. É a vontade de se internar no manicômio da ganância. Eles correm atrás de tudo. Se governador, inaugura tudo: da casa de farinha à inauguração da loja de couros e acessórios para cães, gatos e ratos. Ratos! Ratos e ratos. Eles inauguram tudo. É impressionante. Agora, vejam amigos, não há uma obra que valha a pena você dar qualquer credibilidade. Eles inauguram tudo mesmo e vão para qualquer coisa que você fizer e convidar. Tudo por causa das eleições 2014. É preciso enfatizar que nos discurso, nestas inaugurações, as temáticas são substituídas como peças de um jogo de xadrez. De repente, deputados estaduais e federais viram uma espécie de vereadores federais e estaduais. O local pode virar nacional e o nacional pode virar local. Os vereadores transformam-se em tudo: em vereadores federais, deputados, prefeitos e até presidentes de tudo também. Os discursos variam conforme à intensidade das acusações. Chamar o outro de incompetente e de ladrão pode acontecer a qualquer momento. Depende do público e do calor das discussões. Se os candidatos forem ricos, os termos são improbidade, apropriação indevida, prevaricação e outros. Se são pobres, ladrão, mão de visgo e larápio. A diversidade das campanhas pode ser pressentida de duas maneiras: uma é, exclusivamente, midiática em que os capatazes das mídias, nos mais diversificados setores, apelam o dia inteiro em nome de seus feudos e algozes. Eles insinuam tudo o tempo todo e o tempo todo eles satanizam a vida de qualquer um que venha a querer colocar obstáculos nas pretensões de seus algozes. O tempo todo, eles aterrorizam seus adversários nos programas matutinos. A vida de possíveis adversários começa a transformar-se em um inferno indescritível. Eles fraudam argumentos, inventam mentiras e insinuam tudo. De repente, toda a família e amigos podem estar num mar de lama. A calúnia e a mentira, nos programas de rádio e nos palanques destes políticos obreiros, são a regra. As obras, que eles inauguram, ou são superfaturadas ou não vão funcionar como deveriam. Se forem hospitais, não haverá medicamentos nem profissionais. Caso sejam escolas inauguradas, vão faltar professores. Os hospitais, os medicamentos, logo, logo, podem estar vencidos e, as escolas, em breve, podem com os livros atrasados. Os políticos obreiros precisam muito da máquina humana que move seus discursos. É aquela gente sem escrúpulos. Eles são capazes de transformar a vida de qualquer um em um verdadeiro inferno não descrito por Cervantes. São indivíduos que não tem senso de ridículo, não possuem amor próprio e, pelos seus chefões, são capazes de qualquer coisa. Inclusive, caluniar e levantar recursos para a candidatura de seu feudo. No desespero das derrotas, eles podem ainda matar e morrer. Não confie nesses caras. A outra maneira é incorporada às atitudes daquela turma que está nas ruas com todo o exército que possui à disposição para retirar do contingente eleitoral os votos que seus senhores e caciques políticos precisam. O objetivo é claro: propagar a candidatura do chefão. Eles estão a divulgar os nomes daqueles que podem ser seus mandatários pelos próximos anos. Há um batalhão de fotógrafos, verdadeiros retratistas á moda antiga. Eles são ainda curiosos e repórteres que, até um dia desses, eram aqueles caras, que vendiam e faziam propagandas de 1,99 na rua da frente. Eles estão a olhar para 2014. Somente 2014. Da direita e do centro, o que vale mesmo é a vitória de seus representantes e a manutenção do controle da máquina pública. A corrupção e o suborno também podem fazer parte desta fase. Quando eleitos, dão um chute na bunda de todo mundo. É caríssimos amigos! Afinal, eles não são ingênuos: um carguinho já lhes foi prometido. Essa turma é variada: você pode encontrar de tudo: carroceiros, pedreiros, serventes, auxiliares de serviços gerais e do almoxarifado, garis, margaridas, pastores, obreiros, presidentes de associações de moradores, policiais, bombeiros, pintores, comerciários, estudantes, que não assistem às aulas e os seguranças com cerca de dois metros de altura. Há os garçons e a turma que não estuda e não gosta muito de trabalhar. Como canta Chico Buarque: - Vai trabalhar vagabundo! Você pode encontrar ainda: advogados, médicos, professores, engenheiros, arquitetos, comerciantes, donos de mercearia bem sucedidos e toda uma gama de profissionais liberais, empresários e outros políticos derrotados nas eleições passadas. Essa gente sabe porque apoia o candidato tal. Este pessoal é comumente atrelado aos circuitos urbanos. Eles ocupam a maior parcela dos cargos comissionados e são eles também que formam os maiores exércitos de bajuladores que você possa imaginar. Basta ver a comitiva dos políticos obreiros. É necessário pensar que no interior, há ainda os agricultores e os produtores rurais, que não são a mesma coisa. Não se assuste: você pode ver os pescadores, os vaqueiros, o pessoal das vaquejadas, os organizadores de festas rurais, tipo: festas de carroças, juninas, reisados, folguedos, chegança, parafuso, pipocada, pistolada, ocorrida de mourão e cavalgadas, conforme a região. No folclore da política, os oportunistas sabem como não dançar. Ah! Não podemos nos esquecer de alguns taxistas, dos motoristas de ambulância e daqueles políticos do baixo clero, que são candidatos apenas para obterem votos para reforçar os capitais políticos dos partidos da direita, do centro e da extrema direita. Estes são um misto de bajuladores e jagunços. - Tem de tudo: de ex padre a ex macumbeiro da 5ª da boa vista. É preciso dizer que esse pessoal está nas escancaradas campanhas. Protegidos por uma rede midiática corrupta, eles estão a evacuar suas ideias mais promiscuas que você possa imaginar. Alguns, se tomados posses de dinheiro público, podem se transformar em verdadeiros ratos de cofres públicos. Eles já estão também em campanhas, afinal, a meta é, outra, vez, 2014. - E vamos que vamos. Dizem eles, eufóricos depois de uma confraternização no sítio do candidato. Preparem-se socialistas e liberais: viveremos tempos de horrores nessas terras de Belchior Dias Moreia em quaisquer uma dessas unidades federativas da terra brasilis. Os hediondos e pregoeiros, os bajuladores, os empregados de concessionários de mídia ilegal, arvoram-se em defender este ou aquele candidato. Então, eles fazem um verdadeiro enxame em torno dos candidatos que eles defendem. Tudo é feito numa verdadeira aberração com os nomes dos supostos adversários de seus candidatos, aliados direitos de seus patrões. No Brasil, talvez, não haja mais espaço para o debate. O debate público foi sequestrado pelos comportamentos antirrepublicanos das facções politicas, que se arvoram nos discursos da ante democracia. São autoritários e corruptos. Neste quesito, os antigos vendedores de bugigangas, que se nutriam toda manhã dos espaços que os programas de rádio concediam-lhes, fazem muita falta porque eles evitavam que demagogos e semianalfabetos viessem a ocupar um espaço tão importante. Eles evitariam que parte dessa vulgaridade assumisse o espaço público do debate e das ideias mais sensatas possíveis. Com o fim destes espaços, as ideias foram substituídas por pedras e tijolos das obras dos políticos obreiros. Os políticos obreiros estão eufóricos. Nós também precisamos ficar eufóricos. Claro, para não votarmos neles. Oportunistas e demagogos. ADEMÁRIO ALVES 22.08.2015 ELEIÇÕES 2014: DA APELAÇÃO À ONDA DE INAUGURAÇÕES DOS POLÍTICOS OBREIROS I
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 02:29:57 +0000

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