Escritórios se adaptam ao smartphone 5 ago 2013 - Contabilidade / Societário Novas e antigas empresas de software tentam adequar seus programas à mobilidade A cada dia, milhões de empregados de escritório preparam relatórios usando tesoura e cola, e armazenam dados em disquetes, embora tenham muita memória digital em computadores e serviços online. Eles não estão utilizando esses objetos, é claro, mas clicando nos ícones que os representam em programas de edição de texto populares como Microsoft Word e Google Docs. Os imagens persistem como símbolos de um estilo de escritório já ultrapassado, mesmo 31 anos depois de o computador pessoal da IBM ter levado o trabalho para a era do software. Funcionários não estão mais presos a uma escrivaninha, ou mesmo a um escritório; hoje, trabalhamos com laptops, tablets e smartphones fazendo de cada lugar um local de trabalho. E isso está fazendo mudar os programas para escritório. Hoje, o que importa, é colaboração, telas pequenas, carregamento rápido, mídia social e, sobretudo, mobilidade. "A maneira como as pessoas usam coisas está mudando essencialmente", disse Bret Taylor, diretor presidente do Quip, uma startup que faz um programa de edição de documentos em dispositivos móveis. Taylor, de 33 anos, é um dos jovens engenheiros mais renomados do Vale do Silício. Ele ajudou a criar o Google Maps antes de servir como diretor técnico do Facebook. Seu sócio, Kevin Gibbs, ajudou a criar os centros de dados do Google e, como projeto paralelo, desenvolveu o software que sugere palavras quando a pessoa começa a digitar na busca do Google. A empresa é uma das muitas que estão criando programas de escritório para o mundo móvel. Alguns dos novos aplicativos ainda recorrem a imagens do trabalho à moda antiga, mas os recursos que oferecem são decididamente modernos. No mês passado, a Box, um serviço online para armazenar documentos, fotos e outros dados, comprou a Crocodoc, uma empresa que torna possível ver documentos do Word e outros formatos de arquivo em vários tipos de aparelhos, de qualquer tamanho de tela. O Evernote, também para armazenamento online, permite escrever, compartilhar e manter notas sincronizadas em vários aparelhos. Sam Schillance, vice-presidente de engenharia da Box, criou o programa original que se tornou o Google Docs, lançado há seis anos. Ele explica que, num mundo móvel, velocidade e facilidade de uso são mais importantes do que uma porção de opções de fontes. "Há seis anos a conectividade era um problema. Hoje, tudo está conectado o tempo todo", disse. Microsoft e Google estão empenhados em adaptar os produtos a um ambiente de trabalho em que PCs coexistem com outros dispositivos. Há uma versão móvel do Office, mas ela só pode ser usada para editar alguns documentos e a colaboração é limitada. "Temos um bilhão de usuários. Não se pode querer que eles mudem a cada dia", disse Julia White, gerente geral de marketing do Office. O produto do Quip, por enquanto, só está disponível para laptops e aparelhos móveis da Apple. Ele combina mensagens instantâneas com criação, armazenamento e compartilhamento de documentos na tela de toque. Enquanto o Word, de longe o editor de texto mais popular, oferece mais de 200 fontes, o Quip tem duas fontes. "Escrever e editar sempre foram atividades de colaboração, mas as coisas estão mais rápidas agora", afirmou Mathias Crawford, pesquisador em interações homem-computador na Universidade de Stanford. "Os locais de trabalho estão mudando, e o mesmo ocorre com as expectativas." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK Fonte: O Estado de S.Paulo
Posted on: Tue, 06 Aug 2013 19:54:25 +0000
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