A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de - TopicsExpress



          

A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. “Sim”, declarou Jesus, “do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou”. Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”. Comentário do Evangelho Ser primeiro era a sua ambição, a sua maneira de ser. Foi dos primeiros discípulos chamados por Jesus, e esteve com Ele nas horas de ponta da Transfiguração e do Horto. Juntamente com seu irmão João, pediu a Jesus que os deixasse sentar com Ele, um à esquerda e outro à direita no seu Reino. Como coroa das suas ambições, foi o primeiro dos Apóstolos a dar testemunho de Cristo, derramando por Ele o seu sangue em Jerusalém, na festa da Páscoa. A festa de Jesus foi também a sua festa. Era homem de caráter primário, emotivo, de soluções radicais. Por isso lhe chamaram «boanerges», quer dizer «filhos do trovão». Mas Deus não é radical e sabe esperar paciente a sua hora. Quando Tiago pediu o primeiro lugar e fogo de céu, não sabia o que pedia. As grandezas do Reino de Deus não consistem em honras e dignidades, mas em dar a vida por Ele, bebendo o mesmo cálice. Ser apóstolo é testemunhar Cristo, viver em Páscoa perene. A nossa Páscoa é Cristo. Quem mais testemunhar, esse será o «maior». Senhor, ensina-me a fazer-me último para ser primeiro! Comentário do dia Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja Sermão para a consagração de um bispo, Guelferbytanus nº 32; PLS 2, 637 «Podeis beber o cálice que Eu vou beber?» «Cristo deu a sua vida por nós, e nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16). […] Jesus disse a Pedro: «Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres» (Jo 21,18). É a cruz que Ele lhe havia prometido, é a Paixão. «Sobe, diz o Senhor, apascenta as minhas ovelhas, sofre pelas minhas ovelhas.» É assim que deve ser um bom bispo. Se não o for, não será bispo. […] Ouve outro testemunho. Dois dos seus discípulos, os irmãos João e Tiago, filhos de Zebedeu, aspiravam aos primeiros lugares. […] O Senhor respondeu-lhes: «Não sabeis o que pedis.» E acrescentou: «Podeis beber o cálice que Eu vou beber?» E que cálice era esse, senão o da Paixão? […] E eles, ávidos de honras, esquecidos da sua fraqueza, imediatamente dizem: «Podemos.» Ele replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.» […] Deu assim prova da sua humildade; na verdade, tudo o que o Pai prepara é também preparado pelo Filho. […] Ele veio humilde: Ele, o Criador, foi criado entre nós; Ele, que nos fez, foi feito para nós. Deus antes do tempo, homem no tempo, libertou o homem do tempo. Este grande médico veio curar o nosso cancro […]; veio curar o próprio orgulho pelo seu exemplo. É a isso que devemos estar atentos no Senhor: olhemos a sua humildade, bebamos o cálice da sua humildade, aprendamos dele, contemplemo-Lo. É fácil ter pensamentos nobres, é fácil apreciar as honras, é fácil ouvir os aduladores e os que nos elogiam. Mas ouvir insultos, suportar pacientemente as humilhações, orar por aqueles que nos ofendem (Mt 5,39-44), isso é o cálice do Senhor, isso é o banquete do Senhor
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 06:57:13 +0000

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